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Testemunha diz que Ciro Nogueira recebeu propina de chefes do PCC

Fonte relata entrega de sacola com valores em gabinete do senador
Por Redação com ICL 01/09/2025 - 11:56
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Divulgação
Ciro Nogueira
Ciro Nogueira

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do partido e ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, foi acusado de receber dinheiro vivo enviado por líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital). A denúncia foi feita por uma testemunha em entrevista ao ICL Notícias e confirmada em depoimento à Polícia Federal (PF).

Segundo o relato, Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco” — apontados como chefes de um esquema bilionário ligado ao crime organizado — teriam entregue, em agosto de 2024, uma sacola de papelão contendo dinheiro no gabinete do senador, em Brasília.

A propina, afirma a fonte, estaria ligada a interesses do grupo junto à Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a projetos de lei no Senado que poderiam favorecer as empresas Copape e Aster, acusadas de fraudes fiscais e lavagem de dinheiro.

Procurado, Ciro Nogueira negou as acusações em ofício ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, chamou o ICL de “site de pistoleiros” e disse que jamais recebeu os suspeitos. O parlamentar afirmou ter colocado seus sigilos telefônico, bancário e de gabinete à disposição das autoridades para comprovar sua versão.

Os acusados, “Primo” e “Beto Louco”, estão foragidos desde a deflagração da Operação Carbono Oculto, que reuniu PF, Receita Federal e Ministério Público paulista para desarticular um esquema de fraudes e lavagem estimado em bilhões de reais.

A Polícia Federal investiga se houve vazamento dos mandados de prisão, o que teria permitido a fuga dos dois suspeitos. A denúncia contra o senador abre uma nova frente de apuração, agora envolvendo diretamente a alta cúpula política de Brasília.


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