Um bate-boca entre advogados tumultuou o julgamento que poderia cassar o mandato do deputado federal Paulão (PT-AL) no Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), na tarde desta segunda-feira, 22. O impasse levou à suspensão da sessão e à retirada de advogados do plenário a pedido do presidente da Corte, desembargador Klever Loureiro.

O episódio começou quando o advogado de defesa de Paulão foi questionado por uma mulher na plateia para que se sentasse. Ele respondeu que não o faria porque estava “trabalhando”. A partir daí, a troca de farpas se intensificou, envolvendo representantes da defesa do deputado e do partido Republicanos.

Após o tumulto, o presidente do TRE chegou a solicitar a presença da polícia, mas não foi necessário o uso da força porque os advogados saíram por conta própria.

Além da confusão, a sessão também foi marcada por uma decisão que adiou qualquer definição sobre o futuro político de Paulão. O relator do caso aceitou um pedido da defesa e concedeu a chamada assistência simples, abrindo prazo de cinco dias para a apresentação de novas alegações.

Somente depois desse período o processo voltará à pauta. Até lá, o deputado permanece no exercício do mandato em Brasília.

Nos bastidores, aliados avaliam que a suspensão dá fôlego à defesa, enquanto adversários acreditam que o adiamento apenas prolonga a pressão em torno de um caso considerado delicado para a imagem do parlamentar.

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