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Filho defende papel do Brasil na transição global para combustíveis limpos

Ministro afirma que país é referência em descarbonização e deve incentivar outras nações
Por Redação 11/11/2025 - 06:20
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Luiz Siqueira
Renan Filho defende liderança do Brasil na agenda global de combustíveis sustentáveis na abertura da COP30
Renan Filho defende liderança do Brasil na agenda global de combustíveis sustentáveis na abertura da COP30

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou nesta segunda-feira, 10, em Belém (PA), que o Brasil tem o dever de liderar e inspirar outros países na transição para combustíveis menos poluentes em atividades ligadas à infraestrutura. A declaração foi feita durante a abertura oficial da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). Segundo ele, ainda há pouca adesão global a compromissos efetivos com a descarbonização dos modais logísticos.

“A ttransição energética é trabalhosa e faz com que muitos países grandes relutem em implementar essa agenda. O Brasil já vem fazendo isso ao longo do tempo, o que coloca o país na vanguarda para seguir pilotando e cobrando que o mundo tome providências semelhantes”, disse o ministro. “No Ministério dos Transportes, transformamos compromissos ambientais em ações efetivas, com obras, investimentos e políticas públicas que mudam a realidade”, acrescentou.

Entre as medidas citadas por Renan Filho está a modernização das normas técnicas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que desde o ano passado permitem o uso industrial de veículos movidos a gás natural liquefeito (GNL), biometano, hidrogênio e eletricidade. Em apenas um ano, o número de caminhões pesados a gás licenciados já representa 70% do total registrado nos cinco anos anteriores.

“O nosso país é um dos poucos do mundo que mistura biocombustíveis à gasolina e ao diesel em grandes proporções. Estamos chegando a quase 30% de biocombustível na gasolina, o que significa menos emissão de gases que afetam o meio ambiente”, destacou. Nos próximos dias, o ministro terá encontros bilaterais com delegações estrangeiras para apresentar os avanços brasileiros e incentivar o uso de biocombustíveis em outros países. A meta é reduzir emissões de carbono, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer o agronegócio nacional.

Desde 2023, o Ministério dos Transportes retomou e acelerou mais de 1.100 obras públicas e realizou 20 novos leilões de concessão, totalizando mais de R$ 40 bilhões em investimentos. Pela primeira vez, os contratos de infraestrutura federal passaram a incluir metas explícitas de sustentabilidade, exigindo que ao menos 2,5% do modelo econômico-financeiro das concessões seja destinado a ações ambientais e de resiliência climática. “Esse governo já assegurou US$ 2,6 bilhões, com previsão de chegar a US$ 4 bilhões até 2026, em recursos destinados a obras de adaptação, transição energética e proteção de ativos estratégicos diante de eventos climáticos extremos”, afirmou Renan Filho.

Durante a COP30, o Ministério dos Transportes participa de inaugurações de pavilhões, workshops sobre descarbonização de rodovias e ferrovias, além do lançamento de novas iniciativas, como a Aliança pelo Transporte Sustentável na Amazônia e o projeto E-Dutra.


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