"homens de família"
Câmara avança com projeto que cria a Semana dos Legendários em Maceió
Vereadores consideram proposta constitucional e liberam continuidade da tramitação
A Câmara Municipal de Maceió deu mais um passo para a criação da Semana Municipal dos Legendários, iniciativa apresentada pelo vereador Caio Bebeto (PL). A Comissão de Constituição e Justiça analisou o texto e decidiu que ele está de acordo com a legislação, liberando o projeto para seguir nas próximas etapas.
O parecer, assinado pelo vereador Leonardo Dias e publicado no Diário Oficial desta quarta-feira, 26, afirma que a proposta pode ser votada porque trata de um tema que é de interesse do próprio município — algo permitido pela Constituição. Outros três vereadores da comissão — Thiago Prado, Aldo Loureiro e Cal Moreira — também votaram a favor.
A Semana Municipal dos Legendários tem como foco um movimento que "trabalharia a mudança de vida de homens e famílias, promovendo encontros e ações que estimulam crescimento pessoal, espiritualidade e responsabilidade dentro de casa e da comunidade".
O grupo se define como formado por “homens inquebrantáveis diante do pecado, mas quebrantados diante de Deus”. Com o aval da comissão, o projeto segue para avaliação de outras comissões e, depois, será votado pelo plenário da Câmara.
Legendários
O movimento teve início em 2015, na Guatemala, e desde então se expandiu para 13 países e 70 cidades, contabilizando mais de 52 mil homens participantes. Exclusivo para o público masculino, o programa aceita tanto solteiros quanto casados, mas sinaliza no site oficial quando a turma é destinada apenas a quem ainda não é casado.
Realizado geralmente em áreas montanhosas, em formato de acampamento, o retiro propõe desafios físicos, espirituais e emocionais. Nas redes sociais — especialmente no TikTok —, o movimento se tornou alvo de críticas e controvérsias.
Embora afirme não ter vínculo com nenhuma religião específica, os encontros começam e terminam em igrejas evangélicas brasileiras, o que levou internautas a questionarem a suposta neutralidade da iniciativa. A associação com templos religiosos, somada ao valor elevado de participação, tem alimentado críticas sobre acessibilidade e possível caráter comercial do evento.



