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"Collor violou tornozeleira e não foi preso", diz Eduardo Bolsonaro

Deputado afirma que Moraes adota tratamento mais rígido contra seu pai
Por Redação 27/11/2025 - 06:28
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Agência Brasil
O deputado federal Eduardo Bolsonaro
O deputado federal Eduardo Bolsonaro

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro está sendo submetido a um tratamento mais rígido pela Justiça em comparação a outros políticos que já enfrentaram medidas judiciais. 

Em entrevista ao Poder360, o parlamentar citou o caso do ex-presidente Fernando Collor, que, segundo ele, “violou a tornozeleira eletrônica e não foi preso”, ao contrário do que ocorreu com Bolsonaro, detido no sábado, 22, após tentar danificar o equipamento com um ferro de solda quente.

Eduardo mencionou que, em 2024, Collor permaneceu com a tornozeleira desligada por 36 horas, o que levou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, a dar cinco dias para que ele se explicasse. Collor afirmou depois que o episódio foi um “incidente involuntário”. O deputado questionou por que, neste caso, não houve determinação de prisão.

O parlamentar também criticou as restrições impostas a Bolsonaro na carceragem da Polícia Federal em Brasília, especialmente quanto às visitas. Segundo ele, há uma diferença em relação ao tratamento dado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua prisão em Curitiba. “Com o Lula, tinha vigília, cela aberta, múltiplas visitas. Basicamente fizeram da PF um comitê eleitoral”, afirmou.

Eduardo Bolsonaro ainda contestou a necessidade do uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente, que cumpre pena após condenação por tentativa de golpe de Estado e crimes relacionados aos atos de 8 de Janeiro. Para ele, medidas como vigilância policial permanente seriam suficientes. 

“Qual é a necessidade de um idoso de 71 anos, com saúde debilitada, usar tornozeleira? Obviamente não há necessidade nenhuma”, declarou. A ação penal contra Jair Bolsonaro foi encerrada após o trânsito em julgado da decisão da 1ª Turma do STF, que confirmou a pena de prisão e inviabilizou novos recursos.


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