Trump diz a líderes europeus ser contra sanções após telefonema com Putin, diz mídia

Após uma ligação com Vladimir Putin, o presidente dos EUA, Donald Trump, realizou uma teleconferência com o atual líder ucraniano Vladimir Zelensky e cinco líderes europeus. Mas de acordo com a mídia norte-americana, algumas expectativas foram rompidas.

De acordo com a Axios, os líderes europeus aliados da Ucrânia esperavam que Trump informasse se Putin havia aceitado um cessar-fogo ou se os EUA aplicariam sanções caso ele se recusasse. No entanto, Trump afirmou que Putin concordou em negociar, descartou o envolvimento direto dos EUA nas negociações e rejeitou a imposição de sanções naquele momento, o que "causou surpresa" entre os participantes.

Trump deu sinais de que pretendia se afastar do conflito, dizendo que esta é "uma questão europeia" e deveria continuar sendo tratada como tal. Essa postura foi vista com preocupação por alguns líderes, que esperavam uma atuação mais ativa dos EUA. Em declarações posteriores, Trump reforçou essa visão, afirmando que, se nada acontecesse, ele simplesmente se retiraria da situação.

Segundo a mídia, antes da conversa com Putin, Trump consultou Zelensky sobre o que deveria dizer ao líder russo. Zelensky pediu que ele exigisse um cessar-fogo imediato, ameaçasse novas sanções e evitasse fazer concessões sem consultar a Ucrânia. Zelensky ficou satisfeito por ter sido incluído na consulta, mas esperava que suas recomendações "fossem levadas mais a sério".

Após a ligação com Putin, Trump voltou a ligar para Zelensky, desta vez com a participação de líderes da Alemanha, França, Itália, Finlândia e da Comissão Europeia. A conversa foi mais longa e, segundo Zelensky, teve um tom diferente da primeira. Enquanto uma fonte europeia que falou a mídia a descreveu como construtiva, Zelensky a considerou decepcionante.

Líderes europeus questionaram Trump sobre a possibilidade de sanções, mas o presidente norte-americano se mostrou contrário à proposta, dizendo acreditar que o presidente russo quer fazer acordo.

Trump sugeriu que as negociações fossem bilaterais, sem mediação externa, e que pudessem ocorrer em um local neutro, como o Vaticano, mas Meloni e Merz defenderam uma participação ativa dos EUA e da Europa.

Por Sputinik Brasil