Governo Obama forjou caso de interferência da Rússia na eleição de 2016, afirma inteligência dos EUA

Por Sputnik Brasil 18/07/2025 - 18:15
A- A+
Governo Obama forjou caso de interferência da Rússia na eleição de 2016, afirma inteligência dos EUA

O governo do ex-presidente democrata Barack Obama forjou o caso de suposta interferência da Rússia na eleição de 2016, apesar de relatórios consecutivos da inteligência indicarem o contrário, revelou nesta sexta-feira (18) o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional (DNI, na sigla em inglês).

"A diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, apresentou provas contundentes de que, após a vitória de Donald Trump contra Hillary Clinton em 2016, o presidente Obama e membros de seu gabinete de segurança nacional manipularam e politizaram informações de inteligência para preparar o terreno para o que foi essencialmente um golpe prolongado contra Trump", diz o comunicado do órgão.

O DNI descobriu que os relatórios da inteligência norte-americana liberados em 6 de janeiro de 2017 contradizia diretamente avaliações feitas nos seis meses anteriores, inclusive antes da própria eleição.

O documento também indica que o governo Obama decidiu levar adiante o caso da interferência russa após uma reunião do Conselho de Segurança Nacional em 9 de dezembro de 2016.

"Após essa reunião, o assistente executivo do então Diretor de Inteligência Nacional James Clapper enviou um e-mail aos líderes do comitê de Avaliação da Comunidade de Inteligência (IC, na sigla em inglês), encarregando-os de criar uma nova avaliação a pedido do presidente para detalhar supostas ferramentas usadas por Moscou e as ações tomadas para influenciar a eleição de 2016", acrescenta o texto.

Após a reunião, autoridades do governo Obama teriam vazado declarações enganosas à imprensa, ao afirmarem que "a Rússia tentou, por meios cibernéticos, interferir ou até mesmo influenciar diretamente o resultado de uma eleição", segundo o comunicado.

O DNI conclui que a avaliação foi baseada em informações falsas, incluindo o Dossiê Steele, como parte de uma campanha de difamação contra Donald Trump. Isso teria levado a investigações politizadas, prisões e aumento das tensões entre os EUA e a Rússia.

Irregularidades nas investigações

Na semana passada, a Fox News informou que os ex-diretores da CIA John Brennan e James Comey estavam sob investigação criminal por possíveis irregularidades relacionadas à suposta interferência russa na eleição presidencial de 2016, incluindo a possibilidade de terem feito declarações falsas ao Congresso.

Após a eleição presidencial de 2016, as autoridades dos EUA, baseadas em um dossiê do ex-oficial de inteligência britânico Christopher Steele, conduziram uma investigação sobre alegações de "conluio" entre Trump e a Rússia, mas não conseguiram comprová-las.

A Rússia negou repetidamente as acusações dos EUA de interferência, inclusive em eleições norte-americanas. O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, classificou as acusações como "totalmente infundadas".

Já o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou que nunca houveram informações confiáveis que sustentem alegações de interferência russa em eleições em diferentes países.


Por Sputinik Brasil


Encontrou algum erro? Entre em contato