Governo Obama forjou caso de interferência da Rússia na eleição de 2016, afirma inteligência dos EUA

O governo do ex-presidente democrata Barack Obama forjou o caso de suposta interferência da Rússia na eleição de 2016, apesar de relatórios consecutivos da inteligência indicarem o contrário, revelou nesta sexta-feira (18) o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional (DNI, na sigla em inglês).
"A diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, apresentou provas contundentes de que, após a vitória de Donald Trump contra Hillary Clinton em 2016, o presidente Obama e membros de seu gabinete de segurança nacional manipularam e politizaram informações de inteligência para preparar o terreno para o que foi essencialmente um golpe prolongado contra Trump", diz o comunicado do órgão.
O DNI descobriu que os relatórios da inteligência norte-americana liberados em 6 de janeiro de 2017 contradizia diretamente avaliações feitas nos seis meses anteriores, inclusive antes da própria eleição.
O documento também indica que o governo Obama decidiu levar adiante o caso da interferência russa após uma reunião do Conselho de Segurança Nacional em 9 de dezembro de 2016.
"Após essa reunião, o assistente executivo do então Diretor de Inteligência Nacional James Clapper enviou um e-mail aos líderes do comitê de Avaliação da Comunidade de Inteligência (IC, na sigla em inglês), encarregando-os de criar uma nova avaliação a pedido do presidente para detalhar supostas ferramentas usadas por Moscou e as ações tomadas para influenciar a eleição de 2016", acrescenta o texto.
Após a reunião, autoridades do governo Obama teriam vazado declarações enganosas à imprensa, ao afirmarem que "a Rússia tentou, por meios cibernéticos, interferir ou até mesmo influenciar diretamente o resultado de uma eleição", segundo o comunicado.
O DNI conclui que a avaliação foi baseada em informações falsas, incluindo o Dossiê Steele, como parte de uma campanha de difamação contra Donald Trump. Isso teria levado a investigações politizadas, prisões e aumento das tensões entre os EUA e a Rússia.
Irregularidades nas investigações
Na semana passada, a Fox News informou que os ex-diretores da CIA John Brennan e James Comey estavam sob investigação criminal por possíveis irregularidades relacionadas à suposta interferência russa na eleição presidencial de 2016, incluindo a possibilidade de terem feito declarações falsas ao Congresso.
Após a eleição presidencial de 2016, as autoridades dos EUA, baseadas em um dossiê do ex-oficial de inteligência britânico Christopher Steele, conduziram uma investigação sobre alegações de "conluio" entre Trump e a Rússia, mas não conseguiram comprová-las.
A Rússia negou repetidamente as acusações dos EUA de interferência, inclusive em eleições norte-americanas. O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, classificou as acusações como "totalmente infundadas".
Já o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou que nunca houveram informações confiáveis que sustentem alegações de interferência russa em eleições em diferentes países.
Por Sputinik Brasil