Alagoas: 200 anos de atraso
Alagoas completa este mês dois séculos de independência sem muito que comemorar. Com um terço de seus 3 milhões de habitantes vivendo entre a pobreza e a miséria, o estado pouco avançou na geração de riqueza e inclusão social, e 200 anos depois, tem uma das maiores concentrações de renda do país.
Para o historiador Douglas Apratto, Alagoas acompanhou as mudanças ocorridas nas últimas décadas do Brasil Imperial, mas sem resolver os graves problemas herdados do Brasil Colônia, mantendo os mesmos indicadores sociais escravagistas e excludentes da era colonial.
Os últimos números oficiais do IBGE atestam essa realidade ao revelar que o salário médio mensal pago ao trabalhador alagoano é um dos mais baixos do país: R$ 1.796,51, o equivalente a 2,3 salários mínimos. Só ganhamos da Paraíba, que tem a menor média do país, de 2,2 salários mínimos.