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Eleitor vai escolher entre o ruim e o que não presta para governar Alagoas

Por 01/10/2022 - 07:27
Atualização: 01/10/2022 - 09:06

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Agência Brasil
Eleitora durante voto
Eleitora durante voto

Nesse domingo o eleitor vai escolher entre o ruim e o que não presta para governar Alagoas nos próximos quatro anos. Nenhum dos candidatos que disputam o Palácio dos Martírios tem um plano de governo que mereça esse nome; estão mais preocupados em ganhar a eleição, fincar raízes e se manter no poder o quanto possível.

Chegamos a 2022 com mais de um terço da população vivendo em situação de miséria; mais de um milhão de alagoanos passando fome e outros tantos em estado de eterna pobreza. Diante de tamanha tragédia social o máximo que alguns candidatos prometem é criar restaurantes populares nas cidades e distribuir cestas básicas no interior. 

Essa situação de pobreza permanente é resultado de uma elite burra e gananciosa que só pensa em se locupletar dos cofres públicos. Com raras e honrosas exceções, todos os candidatos a cargos eletivos e seus financiadores de campanha são responsáveis diretos pelo estado de pobreza em que vive Alagoas. 

O estado tem uma das maiores concentrações de renda do país, com a maioria de seus 3,5 milhões de habitantes vivendo no sufoco. Dados do IBGE revelam que a renda média mensal do alagoano não chega a R$ 1.500, a segunda pior do Brasil, só perdendo para o Maranhão dos Sarney. 

E não espere mudança nesse quadro vergonhoso, seja qual for o vencedor das eleições deste ano. Todos os candidatos com chance de vitória integram a elite política e econômica de Alagoas responsável pelo status quo que aí está, e nada garante que mudarão de rumo.

A diferença entre um e outro é a independência política de cada um deles, o que pode dar ao eleitor a opção de optar entre o ruim e o menos danoso. Ainda assim é uma tarefa difícil na medida em que o grosso do eleitorado alagoano está na periferia das cidades e nos grotões do interior, verdadeiros currais eleitorais cujos votos viraram moeda de troca e irão para quem pagar mais.

* Esse texto é opinativo e faz parte da seção Sururu, do EXTRA ALAGOAS.


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