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Arthur Lira mantém orçamento secreto à custa da fome de milhões de pessoas

Por 17/10/2022 - 09:12
Atualização: 17/10/2022 - 09:36

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Bruno Fernandes
O presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira
O presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira

Vença Lula ou Bolsonaro, Arthur Lira deve garantir um novo mandato na presidência da Câmara dos Deputados para fortalecer o Centrão e manter o famigerado orçamento secreto. Mesmo à custa da fome e da miséria de milhões de brasileiros.

Com as devidas honrosas exceções, a maior preocupação dos parlamentares eleitos e reeleitos é avançar mais sobre o orçamento federal e achacar o próximo Presidente da República, seja quem for o vencedor das eleições.

De imediato todos os esforços de Lira e de boa parte da Câmara dos Deputados visam desbloquear R$ 6,8 bilhões dos R$ 17 bilhões das emendas de relator usadas como moeda de troca em negociatas políticas iniciadas bem antes das eleições deste ano.

Arthur Lira e seus comparsas do Centrão pretendem usar essa fortuna para comprar apoios partidários que lhe garantam voltar ao comando da Câmara Federal. É dinheiro público sequestrado do orçamento da União para projetos de poder e enriquecimento ilícito.

É engano achar que uma eventual vitória de Lula travaria as ações predatórias do Parlamento sobre o Executivo. Da mesma forma é um erro avaliar que a possível reeleição de um Bolsonaro revigorado por fortes bancadas na Câmara e no Senado impedirá o avanço do Centrão sobre os cofres públicos.

Nem Lula nem Bolsonaro terá controle sobre o apetite voraz do novo Congresso por verbas e cargos públicos. Petistas, bolsonaristas, emedebistas e seus satélites se unirão para defender seus próprios interesses em detrimento de projetos nacionais que amenizem a miséria do Brasil profundo.

É nesse embalo que Arthur Lira investe todo seu poder de manobra na candidatura de Rodrigo Cunha ao governo de Alagoas. Quem o conhece sabe que Lira não tem a menor preocupação com o atraso secular do estado nem com a pobreza que atinge mais da metade de sua população.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA

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