Arthur Lira pode levar rasteira no STF pondo em risco projeto de reeleição

O deputado Arthur Lira tem mais um bom motivo para se preocupar com sua reeleição ao comando da Câmara Federal, no início de fevereiro. O parlamentar pode levar uma nova rasteira no STF pondo em risco o projeto do parlamentar de continuar presidindo a Câmara dos Deputados. 

O primeiro revés imposto ao parlamentar foi uma decisão do ministro Ricardo Lewandowski que acabou com o bilionário orçamento secreto criado por Lira como moeda de troca para apoiar o desgoverno de Jair Bolsonaro. Joia da coroa do Centrão, as chamadas emendas de relator eram usadas como barganha para cooptar deputados e prefeitos em troca de votos. 

Agora, Arthur Lira corre o risco de ser condenado no processo em que é acusado de corrupção no Supremo Tribunal Federal. É o caso de um ex-assessor flagrado pela PF com R$ 104,4 mil em dinheiro vivo ao tentar embarcar num voo do Rio para Brasília. O dinheiro seria fruto de propina cobrada por Lira para manter o presidente da estatal CBTU no cargo. 

A denúncia desembarcou no STF em 2019, mas o ministro Dias Toffoli pediu vista e até hoje não devolveu o processo. Em dezembro último o Supremo decidiu que agora quem pedir vista terá 90 dias para analisar os autos e devolver o processo para julgamento. 

Fragilizado em sua campanha pela reeleição, o presidente da Câmara corre o risco de levar a segunda rasteira, agora do ministro Dias Toffoli, petista que renegou Lula na prisão, mas agora fará qualquer coisa para se reconciliar com o antigo chefe. Inclusive votar pela condenação de Arthur Lira nesse processo de corrupção. 

Lula, Renan Calheiros, o PT e outros adversários de Arthur Lira estão trabalhando e torcendo para esse desfecho.