O destino de JHC

JHC ainda não realizou nenhum grande projeto que marque sua gestão como prefeito de Maceió, mas caiu nas graças do povo pelo que vem fazendo na periferia da cidade. Nada de extraordinário, mas são obras necessárias à melhoria da qualidade de vida dos mais pobres. 

A obra que marcará sua administração – se concluída – será a despoluição do Riacho Salgadinho, uma fossa a céu aberto que envergonha Maceió e há décadas se transformou em grande sumidouro de dinheiro público via projetos de propaganda enganosa. 

Não à toa, o deputado Marcelo Victor, desafeto do prefeito, alerta aos Calheiros e aliados que investir em um candidato a prefeito de Maceió é jogar dinheiro fora. O presidente da Assembleia defende a tese de que o governo do Estado deve investir no interior, eleger o maior número possível de prefeitos e garantir a vitória nas eleições majoritárias de 2026. 

O bom senso recomenda ao Palácio começar a digerir a ideia da reeleição do prefeito e fortalecer o MDB para derrotá-lo na disputa ao governo. Ninguém acredita que JHC ficará fora das eleições majoritárias de 2026, visto que seu projeto de poder passa pelo governo do Estado, em parceria com Arthur Lira, que deve disputar o Senado. 

Para evitar uma possível vitória de JHC já no primeiro turno, o governo pode lançar Ronaldo Lessa, que apesar de estar em fim de carreira, ainda goza de prestígio junto aos servidores públicos municipais e estaduais. E quem sabe, poderá ser a grande zebra do pleito municipal.

Afinal de contas em política nada é impossível, sobretudo em Alagoas onde as elites sempre se unem para se perenizar no poder.