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TJ quer arquivar processo sobre assassinato de Kleber Malaquias

Por 13/01/2024 - 06:28
Atualização: 13/01/2024 - 10:07

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Kleber Malaquias
Kleber Malaquias

Membros do Tribunal de Justiça Alagoas articulam um plano para arquivar o rumoroso processo sobre o assassinato político do empresário Kleber Malaquias, de Rio Largo, ocorrido em julho de 2020. Como se não bastasse a falta de interesse na identificação dos mandantes, agora querem absolver os pistoleiros sob o argumento da “falta de provas”, decisão conhecida no jargão jurídico como teratológica. 

No inquérito policial e na denúncia da promotoria, o assassinato de Kleber Malaquias é qualificado como crime de mando e foram denunciados como executores do homicídio Jefferson Roberto Serafim da Rocha, Marcos Maurício Francisco dos Santos, Fredson José dos Santos, Edinaldo Estevão de Lima (ex-PM), além do sargento da PM José Mário de Lima Silva e o ex-sargento PM Marcelo José Souza da Silva. 

Todos continuam na impunidade. A ideia de arquivar o processo tem gerado desconforto entre membros da Câmara Criminal que não aceitam participar do conluio. Absolver acusados de homicídio qualificado sem julgamento dá margens a interpretações que vão além do “in dúbio pro reo”, para suscitar possível medo da pistolagem ou conivência com crimes de mando. 

Com a palavra o Ministério Público Estadual e o CNJ, cujo corregedor Nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, virá a Maceió na quarta, 17, para comandar uma correição extraordinária no Judiciário alagoano. O tema principal da vinda do CNJ ao estado é a tragédia da Braskem e o imbróglio judicial gerado pelo desastre, mas a coluna foi informada de que a família de Kleber Malaquias deve se encontrar com o ministro Felipe Salomão para tratar do rumoroso assassinato.


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