O novo papa da Igreja Católica, Robert Francis Prevost, escolhido nesta quinta-feira, 8, adotou o nome Leão XIV ao assumir o pontificado. A escolha marca a retomada de um nome com longa tradição na história da Igreja. O último papa a utilizar esse nome foi Leão XIII, que governou de 1878 a 1903.

O nome “Leão” tem raízes na história e simbolismo da Igreja. Ao todo, treze papas utilizaram esse nome, sendo o mais conhecido Leão I, também chamado de Leão Magno, que liderou a Igreja no século V. Ele é lembrado por sua atuação em defesa da doutrina católica, por enfrentar invasões bárbaras e por consolidar a autoridade do papado no Ocidente. Leão I foi declarado doutor da Igreja e canonizado.

A escolha do nome Leão XIV pode indicar uma referência à figura histórica de firmeza institucional e diplomacia. Leão XIII, por sua vez, foi conhecido por sua atuação no campo social e por abrir diálogo com o mundo moderno por meio da encíclica Rerum Novarum, sobre a condição dos trabalhadores. Ao escolher esse nome, Prevost se insere simbolicamente em uma linhagem de papas ligados a momentos de transição e reorganização interna da Igreja.

A escolha do nome papal é uma tradição iniciada no século VI. Desde então, os pontífices costumam adotar nomes de antecessores que consideram representativos de seus objetivos ou prioridades para o período em que exercerão a liderança da Igreja. O nome adotado não possui caráter profético ou oficial em relação a ações futuras, mas costuma ser interpretado como um sinal das referências históricas ou espirituais do novo pontífice.