Conteúdo Opinativo

Justiça em família

01/07/2024 - 14:07

ACESSIBILIDADE


O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas não perde a chance de engordar os salários de seus parentes e agregados em meio a denúncias de violação das normas éticas que desacredita o judiciário alagoano. É preciso extrair o máximo possível do mega orçamento do Judiciário, que chega a quase R$ 1 bilhão por ano.

Além de promover desvios de função e criar novos cargos com altos salários para acomodar seus apadrinhados, Fernando Tourinho Filho se aproveita até de seus plantões judiciários para aumentar a renda familiar através de diárias desnecessárias.

No último final de semana, Tourinho designou um verdadeiro batalhão de servidores para atuarem no plantão judiciário nos dias 22 e 23. Pelo menos 37 privilegiados receberam diárias para não trabalhar, visto que um plantão precisa apenas de um magistrado e dois ou três funcionários competentes para despachar os poucos processos, geralmente um ou dois pedidos de habeas corpus que surgem durante um plantão judiciário. Nem o mutirão comunitário da Justiça mobiliza tantos servidores.

A farra das diárias é encabeçada por Cláudia Lopes Lisboa Souza, esposa do desembargador, que é diretora adjunta de Infraestrutura de Obras e Serviços, sem qualquer ligação com as atividades de um plantão judiciário. Da lista constam ainda Luciana Omena, irmã de Fernando Tourinho, e outros 35 apadrinhados.

Para quem vive reclamando do “apertado orçamento” do Poder Judiciário, próximo de R$ 1 bilhão, incluindo receitas do Funjuris e de suplementações do duodécimo, as ações do presidente do Tribunal de Justiça soam como deboche aos alagoanos, cuja renda média não chega a R$ 1.200,00 por mês, menos que uma diária de R$ 1.500,00 paga em um plantão judiciário aos amigos do poder.


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