Braskem: venda a Tanure depende de acordo e não elimina passivo bilionário
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Morreu a esperança de que a venda da Braskem ao empresário Nelson Tanure resolvesse o bilionário passivo da petroquímica em Alagoas. O próprio Tanure anunciou que sua oferta de compra depende de um acordo definitivo entre a petroquímica e as entidades envolvidas no desastre ambiental.
Nelson Tanure destacou que a oferta de compra da Braskem não inclui a transferência de responsabilidade penal e financeira para os novos sócios. Para quem conhece a prática mercantilista do empresário baiano, a exigência não é nenhuma surpresa.
Investidor bilionário, Tanure fez fortuna ao adquirir conglomerados econômicos insolventes, se apossar dos ativos da empresa e mandar o passivo para as calendas do setor público. Não à toa, o empresário tem fama de comprar e não pagar, vender e não entregar. É tudo o que as vítimas da Braskem precisam evitar.
O recado do empresário foi divulgado logo após a exoneração de Ricardo Melro do cargo de coordenador do Núcleo de Proteção Coletiva da Defensoria Pública de Alagoas, que defendia as famílias dos Flexais e Bom Parto, vítimas esquecidas da tragédia ambiental. Em tempo; Melro foi defenestrado pelo chefe da Defensoria Pública, Fabrício Leão, conterrâneo de Nelson Tanure.