CASAL
Balanço registra valor menor por indenização do Catolé
‘Sumiço’ de R$ 1,3 milhão não é explicado pela empresa, que alega sigilo em contrato
Relatório da diretoria da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) registra que a estatal recebeu um valor menor que o acordado com a Braskem, referente à indenização do sistema Catolé-Cardoso, desde o ano passado pertencente à mineradora, operação revelada com exclusividade pelo EXTRA no mês passado.
Pelo contrato assinado entre as partes, a Braskem pagou exatos R\$ 108.904.627, valor da indenização por rachaduras no sistema causadas pelo afundamento do solo, crime ambiental negado pela empresa. Uma das exigências é que o sistema de abastecimento de água fosse repassado para a mineradora.
Mas, no relatório da diretoria da Casal, publicado na semana passada, o valor recebido foi de R\$ 107.575.852. Ou seja, menos R\$ 1.328.775.
Questionada pelo EXTRA sobre onde está este dinheiro, a Casal disse que não poderia falar do assunto.
“A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) informa que o acordo judicial firmado com a Braskem está protegido por cláusulas de confidencialidade. Todos os dados, valores e informações publicadas em Balanço estão em total acordo com as normas contábeis vigentes, tratadas conforme os trâmites legais pertinentes”, informou.
O relatório anual exige que todas as operações da estatal sejam detalhadas. Como se trata de uma empresa de economia mista, todos os sócios precisam ser informados, com transparência, de cada passo da companhia, incluindo investimentos.
Conforme o documento, a indenização paga se refere ao “fenômeno geológico e da desocupação do bairro do Pinheiro e adjacências, além do valor correspondente à ETA Cardoso”. Contrato assinado em 7/10/2024, mediado pelo escritório Carneiros Advogados Associados, contratado pela Braskem, e o setor jurídico da Casal, ponto registrado em duas únicas linhas do relatório: