BRASKEM
Estudo aponta avanço de deslocamento do solo em bairros de Maceió
Levantamento alerta para a urgência de revisão no mapa de criticidade da área
Um novo estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo e especialistas de instituições internacionais, apresentado nesta sexta-feira, 8 , indica que o solo da região de mineração da Braskem, em Maceió, continua em deslocamento. O levantamento alerta para a urgência de revisão no mapa de criticidade da área, com foco nas zonas urbanas mais atingidas.
A pesquisa foi divulgada em audiência pública realizada no auditório João Sampaio, no Cesmac, bairro do Farol. O estudo é coordenado pelo professor Marcos Eduardo Hartwig, do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Espírito Santo.
Hartwig ressaltou que a Estação de Tratamento de Água Cardoso, próxima à barragem do Catolé e ao bairro do Bebedouro, está localizada em área crítica. A região apresenta deslocamentos verticais e horizontais que afetam a estrutura do imóvel.
Imagens exibidas na audiência mostram rachaduras e vazamentos na adutora, mesmo após obras com concreto. Fissurômetros foram instalados para medir o avanço das trincas, indicando deslocamentos considerados anormais no edifício.
Flexais
O estudo também observou que, nas áreas dos Flexais, o deslocamento horizontal atinge 10 mm por ano. O número é o dobro do limite permitido pelo mapa atual de criticidade, que considera o máximo de 5 mm anuais.
Diante dos dados, o pesquisador sugere revisar imediatamente os mapas de criticidade. Também recomenda o monitoramento contínuo e a criação de um “mapa de nível de danos” para as periferias das zonas afetadas.