BRASKEM

Estudo aponta avanço de deslocamento do solo em bairros de Maceió

Levantamento alerta para a urgência de revisão no mapa de criticidade da área
Por José Fernando Martins 08/08/2025 - 11:46
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José Fernando Martins
Estudo revelou que região em que mineração era realizada continua se movimentando
Estudo revelou que região em que mineração era realizada continua se movimentando

Um novo estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo e especialistas de instituições internacionais, apresentado nesta sexta-feira, 8 , indica que o solo da região de mineração da Braskem, em Maceió, continua em deslocamento. O levantamento alerta para a urgência de revisão no mapa de criticidade da área, com foco nas zonas urbanas mais atingidas.

A pesquisa foi divulgada em audiência pública realizada no auditório João Sampaio, no Cesmac, bairro do Farol. O estudo é coordenado pelo professor Marcos Eduardo Hartwig, do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Espírito Santo.

Hartwig ressaltou que a Estação de Tratamento de Água Cardoso, próxima à barragem do Catolé e ao bairro do Bebedouro, está localizada em área crítica. A região apresenta deslocamentos verticais e horizontais que afetam a estrutura do imóvel.

Imagens exibidas na audiência mostram rachaduras e vazamentos na adutora, mesmo após obras com concreto. Fissurômetros foram instalados para medir o avanço das trincas, indicando deslocamentos considerados anormais no edifício.

Flexais

O estudo também observou que, nas áreas dos Flexais, o deslocamento horizontal atinge 10 mm por ano. O número é o dobro do limite permitido pelo mapa atual de criticidade, que considera o máximo de 5 mm anuais.

Diante dos dados, o pesquisador sugere revisar imediatamente os mapas de criticidade. Também recomenda o monitoramento contínuo e a criação de um “mapa de nível de danos” para as periferias das zonas afetadas.


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