Jornalista, escritor, colunista do Jornal Extra, Tribuna do Sertão e presidente do Instituto Cidadão.

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O Brasil não merece. Prisão para os traidores

12/08/2025 - 07:49
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Não há como aceitar, em qualquer circunstância, que brasileiros atuem deliberadamente contra o seu próprio país. Quando esse comportamento ultrapassa a fronteira da opinião e se materializa em ações concretas que prejudicam a economia, a imagem internacional e a estabilidade política, deixa de ser oposição legítima para se transformar em crime contra a pátria.

O episódio mais recente é emblemático. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos comunicou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por e-mail, o cancelamento de uma reunião que estava marcada para esta quarta-feira. A pauta era urgente e estratégica: tratar do tarifaço imposto pelo presidente americano ao Brasil, medida que ameaça exportações, empregos e o equilíbrio de setores inteiros da economia nacional.

Não bastasse o gesto hostil da Casa Branca, a embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, teve a ousadia de divulgar um comunicado à imprensa criticando diretamente o Brasil. Tal atitude fere a boa prática diplomática, que preza pela solução de impasses na mesa de negociações e não pela exposição pública e desnecessária de divergências.

Por trás desse atrito diplomático há indícios claros de sabotagem interna. Segundo apurações de bastidores, Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente e deputado federal, articulou com políticos e lobistas ligados à extrema-direita norte-americana para que o Brasil fosse deliberadamente colocado em situação vexatória. Trata-se de um movimento coordenado, que ultrapassa as barreiras da disputa política e ingressa no terreno da conspiração contra os interesses nacionais.

O país já enfrentou, ao longo de sua história, exemplos de traição e submissão a interesses estrangeiros, sempre condenados pelo povo e pela lei. A Constituição é clara: não há imunidade parlamentar para crimes cometidos contra o Estado de Direito e a soberania nacional. O artigo 55 prevê a cassação de mandato por conduta incompatível com o decoro parlamentar, e o Código Penal enquadra ações dessa natureza como crimes contra a segurança nacional.

O caso Eduardo Bolsonaro se encaixa com perfeição nesse cenário. Um deputado que fugiu para não ser preso, que age para prejudicar a economia e o prestígio internacional do Brasil, que conspira nos bastidores para inviabilizar negociações diplomáticas, não pode permanecer no cargo como se nada tivesse acontecido. É dever do Congresso abrir imediatamente um processo de cassação. É dever do Judiciário avaliar e decretar sua prisão preventiva, se comprovada a participação na trama.

O Brasil não pode seguir refém de uma minoria radical que confunde patriotismo com subserviência a potências estrangeiras e que age com a lógica do “quanto pior, melhor”. Esse comportamento não só atrasa o desenvolvimento econômico e político, como corrói a confiança da população nas instituições.

Até quando vamos observar, quase passivamente, essa sucessão de crimes? Até quando a democracia brasileira será testada pelos mesmos que dizem defendê-la, mas que, na prática, trabalham para destruí-la? A história não perdoa traidores, e o povo brasileiro também não deveria perdoá-los.

O Brasil não merece inimigos internos travestidos de representantes do povo. O Brasil merece líderes comprometidos com a verdade, com a justiça e com o futuro da nação. Chegou a hora de dizer basta — e agir.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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