FPI DO SÃO FRANCISCO
Fábricas clandestinas de queijo são interditadas em Major Izidoro e Batalha

Fiscais que fazem parte da equipe de produtos de origem animal da FPI do São Francisco apreenderam nesta quarta-feira, 7, 114 quilos de queijo, 180 quilos de manteiga, 120 quilos de massa crua para queijo, 300 litros de leite , 46 quilos de queijo manteiga e queijo manteiga raspa de tacho nas cidades de Major Izidoro e Batalha.
Os produtos eram fabricados em queijarias clandestinas, sem nenhuma condição sanitária, o que coloca a população em risco, além de várias agressões ao meio ambiente. Durante a fiscalização duas pessoas foram detidas e levadas para o Centro Integrado de Segurança Pública Batalha (CISP).
"Os produtos apreendidos e destruídos eram fabricados sem a mínima condição sanitária, levando riscos aos possíveis consumidores. Estas ações têm como objetivo combater a clandestinidade da produção de alimentos, evitando riscos aos consumidores, como intoxicações ou doenças", revelaram os técnicos da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (ADEAL).
Em uma das queijarias o proprietário do local tentou disfarçar que ali funcionava a fabricação de queijo escondendo o produto já pronto e os insumos usados no processo de fabricação. Entretanto, os fiscais identificaram a atividade da pequena fábrica e recolheram o material que estava na residência do homem.
Pocilgas
Em três dos lugares visitados pela força-tarefa ainda foram encontradas, além das queijarias, pocilgas em pleno funcionamento e despejando os resíduos oriundos do tratamento dos animais direto nas águas do Rio Ipanema, que corta a cidade de Batalha.

"O funcionamento das pocilgas no mesmo terreno das queijarias, muitas vezes acontece, por que, na maioria das vezes, os animais são alimentados pelo material orgânico que sobra da fabricação dos queijos. Isso é grave, seja pela proximidade dos locais onde funcionam as duas atividades ou pela total falta de condição sanitária da situação", explicou o coordenador da equipe.
Os fiscais ainda explicaram que os animais foram apreendidos administrativamente até que seus proprietários consigam resolver a situação junto ao Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA). Isso significa que os porcos não podem ser comercializados e seus donos terão que continuar cuidando deles.

Todas as orientações para que isso ocorra de maneira correta foram repassadas. Ao todo foram encontrados cerca de 250 porcos. Já em outro local, também em desconformidade com a legislação, equipe não pode autuar com relação aos porcos encontrados, tendo em vista que não havia um responsável presente.
Detenção e multas
Os homens detidos durante ação são proprietários das queijarias e das pocilgas. Os fiscais lavraram autos de infração devido a falta de licença ambiental para fabricação de laticínios e por fazer funcionar, sem licenciamento, as pocilgas.
Outro auto de infração foi lavrado pelo despejo de resíduos sólidos diretamente no Rio Ipanema. Os dois homens terão 20 dias corridos para esclarecer a situação no IMA, que arbitrará o valor da multa que será aplicada.