TRAGÉDIA AMBIENTAL
Óleo pode restringir trabalho de 144 mil profissionais da pesca no Nordeste
Dados foram divulgados pelo Ministério da Agricultura
As manchas de óleo que atingem o litoral nordestino desde 30 de agosto têm potencial para restringir o trabalho de até 144 mil pescadores e marisqueiros dos nove estados da região.
Esse é o número de profissionais da pesca cadastrados nas 77 cidades cujo litoral foi atingido pelo óleo, de acordo com dados do Ministério da Agricultura.
Na quarta-feira, 16, a ministra Tereza Cristina anunciou que o governo vai antecipar em um mês o pagamento do seguro-defeso para as comunidades de pescadores no Nordeste que tenham sido afetadas pelas manchas de óleo.
O seguro-defeso é um auxílio, no valor de um salário mínimo, concedido a pescadores no período de parada temporária da atividade para a reprodução e preservação das espécies.
O Ministério da Agricultura informou que ainda não é possível estimar quantos pescadores terão benefício antecipado. Os beneficiários serão identificados a partir de um estudo do Ibama sobre as áreas afetadas.
Desde o início da chegada das manchas no litoral, no fim de agosto, o Ibama tem orientado os pescadores a não entrarem em contato com o óleo. Parte dos profissionais tem seguido a orientação.
Em Conde, na Bahia, a 181 km de Salvador, os pescadores estão há duas semanas sem ir ao mar, já que há possibilidade de contaminação dos peixes.