CRISE

Alagoanos tentam salvar pequenos negócios sem o amparo do governo

Ex-superintendente do trabalho de Alagoas, Israel Lessa, analisa a situação
Por Redação com assessoria 13/04/2020 - 16:48
Atualização: 13/04/2020 - 16:56
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Foto: Divulgação
Ex-superintendente do Trabalho, Israel Lessa
Ex-superintendente do Trabalho, Israel Lessa

O fluxo dos estabelecimentos que estão funcionando apenas com a opção de delivery diminuiu nos últimos dias devido a quarentena imposta pelo governo de Alagoas para conter a proliferação do Covid-19. A constatação foi feita pelo advogado e ex-superintendente do Ministério do Trabalho em Alagoas, Israel Lessa em entrevista ao EXTRA.

A situação de muitos empresários na capital é praticamente a mesma. Manter as portas abertas apenas como delivery não ajudou, pois segundo a maioria dos empresários ouvidos o retorno é muito baixo.

"A tristeza que sinto na fala deles é muito grande. Eles não enxergam outra saída além de futuras demissão e em alguns casos fechar as portas, até que apareça uma solução para salvá-los”, conta Israel Lessa, advogado e ex-superintendente do Ministério do Trabalho em Alagoas.

Segundo Israel, muitos se sentem abandonados pelos governantes e se enxergam numa situação desesperadora, preocupados com o salário dos funcionários, impostos e custos como: aluguel, energia, água e outros necessários para manter a empresa funcionando.

"O cenário se mostra muito incerto sobre o futuro e isso é o que mais nos preocupa", revela o proprietário de uma pizzaria da parte baixa da capital que prefere não se identificar. 

Lessa teme que muitos desses não consigam se recuperar após a crise. "É cada um por si nesse barco. Existe uma união entre eles, mas não há, até o momento apoio do governo do estado para essa categoria que tem sofrido duramente com essa crise".

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O ex-superintendente do Ministério do Trabalho em Alagoas pontua que esses empresários estão buscando alternativas de divulgação, através de redes sociais ou de figuras públicas da capital, para ganhar visibilidade, na tentativa de impulsionar as vendas e reduzir os impactos dos prejuízos.

Um grande grupo de entregadores tem atuado por toda capital, já que muitos estabelecimentos estão funcionando através de delivery e aplicativos como iFood. Mas ele enfatiza que, segundo esses profissionais, não houve um diálogo por meio do governo sobre cuidados que deveriam adotar nas entregas.

"Receberam informações dos meios de comunicação e algumas instruções no ato da entrega, muitas vezes através dos clientes. Estão expostos ao vírus nas ruas mas não são considerados como profissionais essenciais nesse momento", conta em tom de preocupação.

Israel defende ainda que é essencial valorizar os pequenos negócios, para que esses empresários possam sobreviver a essa crise. "Se você precisa comprar itens básicos para sua casa, tenta procurar um pequeno negócio, para que sua compra por mais simples que seja possa ajudá-lo e que no pouco a pouco ele possa também aliviar os prejuízos causados pela crise", conclui.

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