Economia

Confira as principais linhas de crédito anunciadas para o enfrentamento da crise

Por Assessoria 15/06/2020 - 16:47
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Fábio Leão, economista e analista da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae em Alagoas
Fábio Leão, economista e analista da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae em Alagoas

A passagem da crise do novo coronavírus tem sido um momento delicado para o mundo dos negócios. O cenário de incertezas e a falta de previsão para a normalização das atividades econômicas afetam principalmente microempresas, empresas de pequeno porte e microempreendedores individuais. Diante da paralisação de atividades e da falta de faturamento, o empréstimo pode ser a melhor alternativa para garantir a sobrevivência do negócio.

No âmbito federal, entre as linhas de crédito anunciadas, após o início das medidas de distanciamento social, está a BNDES Crédito Pequenas Empresas, no valor mínimo de R$ 5 bilhões, destinada a negócios com faturamento anual de até R$ 300 milhões e operada por bancos credenciados ao BNDES, como Banco do Brasil, Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Caixa Econômica Federal (CEF), Bradesco, Itaú e Sicredi, e a do Programa Emergencial de Suporte a Empregos (PESE) no valor de R$ 40 milhões, que ficará disponível até o próximo dia 30 de junho.

A linha de crédito com recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO) está disponibilizando R$ 6 bilhões aos setores produtivos, industrial, comercial e de serviços de municípios em situação de emergência ou de calamidade pública.

Também foram anunciadas as linhas de crédito do Programa Nacional de Apoio às MPEs, com aporte de R$ 15,9 bilhões do governo federal, e da Caixa Econômica Federal (CEF) com garantias complementares viabilizadas pelo Sebrae, por meio do Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (Fampe), no valor de R$ 7,5 bilhões.

No âmbito estadual, a Agência de Fomento de Alagoas (Desenvolve-AL) está disponibilizando microcrédito de até R$ 15 mil para artesão e MEI e de até R$ 21 mil para grupo empreendedor. A instituição também está viabilizando linhas de crédito de até R$ 30 mil para microempresas inseridas no regime do Simples Nacional e de até R$ 50 mil para microempresas ligadas ao setor do turismo.

O economista e analista da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae em Alagoas, Fábio Leão, ressalta que durante o processo de solicitação de empréstimo é indispensável estar com a documentação atualizada. “Tanto os documentos pessoais e comprovante de residência quanto os documentos da empresa. Para o caso da empresa, vai depender do tipo da linha de crédito e do banco. Se for microcrédito, por exemplo, os documentos são: certificado de empreendedor individual, declaração do SIMEI do ano anterior, comprovante de endereço da empresa, alvará de localização e funcionamento. Também é necessário preencher os formulários de solicitação de crédito da instituição financeira e, em algumas instituições, um plano de negócios simplificado”, esclareceu.

“Se for para microempresas: contrato social atualizado, cópia do cartão de CNPJ, certidões (estadual, municipal e federal, certidão negativa de dívida ativa, certidão trabalhista), últimas informações sobre o Simples Nacional, três últimos extratos bancários, plano de negócios simplificado informando o que vai fazer com os recursos a serem contratados. Além disso, o cliente deve apresentar garantias para o empréstimo no percentual determinado pelo banco”, complementou o economista.

Sobre a utilização adequada do recurso adquirido através da linha de crédito, o analista do Sebrae em Alagoas afirma que é fundamental que o empresário analise o fluxo de caixa e faça uma projeção sobre quanto pretende ampliar de faturamento para que possa cobrir as prestações do empréstimo, posteriormente. Para isso, o empresário deve ter uma boa visão sobre o negócio e o mercado de atuação.

“Outra dica importante é fazer uma simulação do crédito no banco, antes de assinar o contrato de financiamento. Normalmente os bancos têm simuladores de crédito que informam: o custo efetivo real do financiamento, o valor das parcelas, o valor de todos os impostos que ele vai pagar e o valor total do montante no final do financiamento”, destacou o analista Fábio Leão.

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