Justiça
Advogada e serventuário presos eram investigados desde dezembro

A advogada Shirley Fátima Duarte Oliveira de Almeida e o analista judiciário Gerson Roberto Silva Moura, presos na manhã desta quinta-feira, 18, acusados de corrupção, estavam sendo investigados desde dezembro do ano passado.

Segundo investigações do Ministério Público, Shirley pagava para o analista agilizar processos de seus interesses no Fórum de Paripueira. De acordo com o processo de número 0000494-80.2019.8.02.0028, cujo assunto é "favorecimento pessoal", o pedido de prisão temporária da dupla ocorreu no dia 4 de maio.
Conforme decidido pela juíza Vilma Renata Jatobá de Carvalho, Shirley Fátima e Gerson Roberto, após encerrado o prazo de prisão temporária, que é de cinco dias, deverão usar tornozeleira eletrônica.
A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB-AL) informou, em nota, que está acompanhando os desdobramentos da operação com o objetivo de preservar as prerrogativas da advogada. A Ordem também destacou que instaurou procedimento no Tribunal de Ética e Disciplina (TED) para colher informações acerca de eventual infração.

O analista foi temporariamente afastado de suas funções. Além de não poder mais trabalhar até enquanto durar a atual decisão judicial, o funcionário também teve recolhido o token (ferramenta para acessar e promover assinatura digital) e seus login e senha que davam acesso ao sistema eletrônico do Poder Judiciário foram desativados.
Com relação a advogada, o Ministério Público pediu para que ela igualmente fosse proibida de ter acesso ao fórum e a quaisquer servidores de lá e de manter contato com todos os demais que são alvos da mesma investigação. Além da dupla, outras duas pessoas são suspeitas de participar do esquema criminoso.
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