ODEBRECHT
Ações da Braskem disparam com notícia sobre venda pela Odebrecht

As ações da Braskem avançaram mais de 7%, nesta segunda-feira, 10, após a notícia sobre sua venda pela Odebrecht. No ano, a empresa acumula queda de 60%, em função de questões específicas.
Entre os motivos da queda cumulativa ao longo do ano estão a queda dos spreads petroquímicos com a pandemia e gastos elevados com o problema geológico em Maceió, que atingem R$ 5 bilhões. O Ibovespa, no período, caiu 12%.
A situação, entretanto, pode mudar nos próximos meses com a retomada da venda da participação detida pela Odebrecht, comunicada na sexta-feira.
A operação, segundo profissionais de mercado ouvidos pelo portal Valor, pode melhorar a governança da Braskem, promover a desalavancagem, disparar a venda da outra fatia detida pela Petrobras e trazer benefícios para os acionistas minoritários.
Em 2020, o Ibovespa recua 12% e Braskem PNA tem queda de 16,15%. Desde 26 de fevereiro de 2019, quando Braskem PNA atingiu a cotação recorde naquele ano, de R$ 54,49, os papéis já recuaram 54%.
De acordo com o portal, a situação da Braskem é muito específica, tanto do ponto de vista de dinâmica operacional quanto dos problemas enfrentados pela empresa.
Além disso, os possíveis compradores são muito específicos, como Lyondell ou Exxon. Assim, é pouco provável ter uma "correria" para comprara Braskem e menos ainda criar uma demanda para outras empresas brasileiras. O que ocorre hoje nos papéis é mais um efeito pontual da notícia.
De acordo com um outro gestor, ainda não está definido como será a venda da Braskem pela Odebrecht. Assim, é cedo para entender o impacto na bolsa brasileira.