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Mais da metade da população corre risco de ficar sem água tratada

A Auditoria Cidadã da Dívida Pública (ACD) e entidades sindicais realizarão, nesta terça-feira, 22, o Seminário virtual Dívida Pública e Privatização da Água, às 19 horas, no Canal do Youtube da ACD. O evento virtual traçará um panorama sobre o leilão da privatização da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), marcado para o dia 30 deste mês.
Participarão do seminário: Maria Lucia Fattorelli, coordenadora nacional da ACD; José Menezes, professor de Economia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e coordenador do Núcleo Alagoano da ACD; e Dafne Orion, presidente do Sindicato dos Urbanitários.
Segundo ACD, a privatização da Casal resulta do processo de renegociação da dívida pública alagoana, conforme consta na Lei Complementar nº 156/2016, que alongou a dívida por mais 20 anos, exigindo a privatização de todas empresas estatais que restam.
"Neste processo, é importante lembrar que uma parte grande da atual dívida alagoana se originou da liquidação do Produban. Ou seja, uma dívida produzida pelos usineiros que continua a ser paga e que agora exige a entrega da Casal", destacou a entidade.
Ainda conforme a ACV, a Casal é uma empresa superavitária: "no ano passado, deu lucro de R$ 62 milhões ao Estado". "A privatização irá pôr fim ao subsídio cruzado, que funciona para o equilíbrio de atendimento à toda a população. O município maior e mais rico, como Maceió, ajuda a pagar os custos da água em cidades menores e mais pobres. Sem o subsídio, os mais pobres jamais teriam água da Casal em casa porque o valor da tarifa será mais caro. Mais de 50% da população de Alagoas correm o risco de ficar sem água tratada".
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