NOVO MAPA

Mais 586 imóveis serão desocupados por causa da mineração da Braskem

Imóveis estão em área já monitorada pelos órgãos de Defesa Civil
Por Redação com assessoria 11/12/2020 - 13:37
Atualização: 11/12/2020 - 13:54
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Afrânio Bastos
Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto
Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto

A Defesa Civil de Maceió, junto com a Defesa Civil Nacional e com o apoio técnico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), entregou nesta sexta-feira, 11, ao Ministério Público Federal (MPF) a versão 4 do Mapa de Linhas de Ações Prioritárias.

O documento traz uma ampliação da área afetada pela instabilidade de solo, inserindo mais 1.417 lotes no mapa como área de monitoramento e recomendando a realocação de outros 586 lotes.

A área ampliada, que passa a ter um monitoramento constante, foi inserida no mapa levando em consideração as evidências constatadas através de trabalho de campo com mapeamento de feições e de danos em edificações – danos estes semelhantes ao já mapeados no bairro do Pinheiro – e dos dados da interferometria (via satélite) que apontam movimentação de solo em evolução nestas regiões.

Ao todo, foram inseridos no Mapa 1.417 novos lotes dos bairros de Bebedouro (áreas do Flexal de Cima e Flexal de Baixo), Bom Parto e do Farol, em área de monitoramento. O Mapa de Linha de Ações Prioritárias – Versão 4 – Dezembro 2020 pode ser conferido aqui.

Versão 4 do Mapa de Linhas de Ações Prioritárias (Foto: Ascom Defesa Civil)

Já a realocação de 586 lotes está concentrada em área já monitorada pelos órgãos de Defesa Civil, exceto seis lotes que se encontram no bairro do Farol. Os critérios para a recomendação de realocação são evolução do processo de subsidência, classificação de risco através de laudos da Junta Técnica e outros riscos associados, a exemplo do isolamento social.

A quantidade de imóveis nestas áreas é maior que o número apresentado, uma vez que os dados são estimados com base no geoprocessamento da Prefeitura de Maceió levando em consideração o número de lotes, havendo alterações em decorrência da existência de prédios, coabitações, conjugados e comércio informal na região.

A versão 4 do Mapa traz as ações prioritárias para as áreas afetadas pela instabilidade de solo, provocada – segundo relatório da CPRM – pela atividade de mineração, nos bairros Pinheiro, Mutange, Bom Parto, Bebedouro e Farol. Diferente das versões anteriores, o documento identifica as áreas por criticidade (00 – realocação e 01 – monitoramento) e não mais por setores de danos, uma vez que grande parte da área afetada já está desocupada. 

“Esse novo Mapa tem apenas duas cores, identificando a criticidade 00 com o verde cítrico, que é a área de realocação. E a área de monitoramento como verde escuro, de criticidade 01. A intenção é facilitar o entendimento e objetivar as ações prioritárias para as áreas”, ressaltou o geógrafo da Defesa Civil, Walber Gama.

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