OPERAÇÃO LOKI

Ex-PM preso por fraudar concursos recebeu salário até o mês passado mesmo tendo desertado em 2019

Flávio aparece na relação de servidores ativos da Polícia Militar com salário de R$ 5 mil
Por Bruno Fernandes 21/10/2021 - 16:53
Atualização: 21/10/2021 - 17:11
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Reprodução/TV Gazeta
O ex-cabo Flávio Luciano Nascimento Borges
O ex-cabo Flávio Luciano Nascimento Borges

O ex-cabo Flávio Luciano Nascimento Borges, de 38 anos, apontado como o líder da quadrilha suspeita de fraudar o mais recente concurso da Polícia Militar e preso em João Pessoa nesta quinta-feira, 21, ainda está presente no Portal da Transparência do Governo de Alagoas.

Em 2017, enquanto ainda estava como servidor ativo na PM, o alagoano foi alvo da Operação Gabarito. Na época, a Polícia Civil paraibana informou que ele teria faturado cerca de um milhão de reais mediante às fraudes. Cerca de 70 certames foram alvo da quadrilha.relacionadas_esquerda

No Portal da Transparênica, Flávio aparece na relação de servidores ativos da Polícia Militar, com remuneração, em setembro deste ano, de R$ 5.062,67, mesmo tendo sido exonerado em 2019, quando passou a ser tratado como desertor após abandonar a corporação.

Nome do ex-cabo Flávio Luciano Nascimento Borges, de 38 anos, consta no Portal da Transparência

A Operação Loki, desencadeada nesta quinta-feira, 21, na Paraíba, também foi desencadeada em Alagoas, Pernambuco e Sergipe e ao menos três pessoas foram presas até as 7h10, sendo um deles o suspeito de ser o chefe do esquema criminoso, um ex-policial militar alagoano.

Por meio de nota, a Polícia Militar informou que "Flávio Borges não pertence mais às fileiras da Corporação. O licenciamento foi publicado no Boletim Geral Ostensivo (BGO) da PM do dia 14 de outubro deste ano".

Ainda segundo a PM, ele ingressou na Corporação no ano de 2006 e recentemente, foi licenciado “ex-officio” (por imposição legal) pelo crime de Deserção após devido processo legal, conforme prevê o Código Penal Militar e o Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alagoas.

"Assinada pelo comandante-geral da PMAL, coronel Wellington Bittencourt, a portaria de exoneração diz que o investigado não havia sido localizado até o dia 19 de julho de 2019, quando a corporação diz ter contabilizado os dias de ausência que constituem o crime de deserção", informou.

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