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Projeção para reajuste de plano de saúde é de 15% este ano

Por Tamara Albuquerque 16/02/2022 - 17:48
Atualização: 16/02/2022 - 18:02
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Agência Brasil
Banco de investimentos projeta reajuste de 15% para mensalidades dos planos de saúde
Banco de investimentos projeta reajuste de 15% para mensalidades dos planos de saúde

O alagoano deve preparar o bolso que sofrerá novo impacto em breve. A projeção do banco BTG Pactual, banco de investimentos, indica um reajuste de 15% neste ano nas mensalidades dos plano de saúde do tipo individual. Seria o maior da série histórica da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), iniciada em 2000.

Em entrevista ao Portal O Tempo, advogada Ana Paula Moraes, especialista em direito à saúde, questionou o reajuste e disse que o percentual de 15% vai na contramão da situação das famílias brasileiras, já que elas ainda se recuperam dos impactos da pandemia.

“É um reajuste extremamente oneroso para qualquer pessoa. É preciso medidas do Ministério Público e do Procon para garantir aos consumidores um direito à utilização desses planos de forma menos onerosa, porque sabemos que a saúde pública não comporta um atendimento amplo e eficaz para toda a população”, diz ela.

A projeção de 15% tem como causa o aumento no número de atendimentos no ano passado. Com a retomada das cirurgias eletivas e o colapso do sistema de saúde no primeiro semestre de 2020, a despesa é repassada ao consumidor. Apesar disso, a sinistralidade dos planos fechou 2021 em 78,7%, patamar semelhante ao de 80%, medido no cenário pré-pandemia, o que deveria puxar o reajuste dos planos para baixo.

Essa taxa, por meio da razão entre os sinistros (consultas, exames, cirurgias etc.) e o prêmio (valor arrecadado pelas empresas com a mensalidade), mede o percentual de uso desse tipo de serviço.

“A ANS deve levar esses dados em consideração para definir um reajuste adequado, que não expulse o consumidor do plano”, comentou Marina Paullelli, que atua como advogada do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Em paralelo, o cenário é de aumento constante no número de beneficiários, que vem crescendo desde julho de 2020. Em dezembro, o setor totalizou 48.995.883 usuários em planos de assistência médica e 29.239.226 em planos exclusivamente odontológicos, um total de 78,2 milhões de pessoas.

Ao contrário dos planos de saúde individuais, aqueles em que o próprio consumidor procura a operadora para contratar o serviço, os planos coletivos (intermediados por empresas ou associações) não têm limite de aumento, dependendo da negociação entre as empresas.

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