INVESTIGAÇÃO

Perícia aponta que crianças vítimas de incêndio em Canapi morreram asfixiadas e carbonizadas

Principal linha de investigação é a de que incêndio começou com curto-circuito em ventilador
Por Allan Barros / Estagiário sob supervisão 15/05/2023 - 20:20
Atualização: 15/05/2023 - 20:24
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Assessoria
Outros vestígios encontrados no local serão analisados para chegar à conclusão da dinâmica
Outros vestígios encontrados no local serão analisados para chegar à conclusão da dinâmica

A causa da morte das crianças vítimas do incêndio em uma residência da cidade de Canapi, interior de Alagoas, foi asfixia e carbonização. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 15, e consta da perícia realizada pelo Instituto de Criminalística (IC). A principal linha de investigação é a de que o incêndio começou com um curto-circuito em um ventilador, mas o local ainda será analisado para confirmar essa hipótese.

Também serão analisados outros vestígios encontrados e coletados no local. O laudo deve ficar pronto em até 20 dias. Após a conclusão, ele será encaminhado à Polícia Civil de Alagoas. O caso está sendo investigado pelo delegado Daniel Mayer.relacionadas_direita

O incêndio matou um menino de 9 anos e três meninas, de 7, 6 e 4 anos. As chamas começaram na madrugada de domingo e o responsável pela casa acordou com o fogo já alastrado. Ele tentou salvar as crianças, mas elas já se encontravam sem vida. Uma das crianças tentou proteger as outras três. Os quatro dormiam no mesmo quarto quando o incêndio começou.

Os corpos das vítimas serão liberados para sepultamento após exame de DNA, que a identificação seja feita oficialmente.

O médico legista Silvio Nunes explicou que os exames de necropapiloscopia e de odontolegal, que identificam os corpos através da impressão digital e arcada dentária, seriam opções de identificação, mas nesse caso específico, não puderam ser feitos pelo estado em que se encontravam os corpos.

Segundo o Instituto Médico Legal, os pais das crianças devem ceder material biológico para a realização do teste na terça-feira, 16. Somente após o resultado do exame, ainda sem data definida, a família poderá fazer o sepultamento.

As vítimas eram Davy Luca - 9 anos; Aylla Ludmyla - 7 anos; Maria Ayslla - 6 anos e Maria Ariela - 4 anos.

Duas das crianças são filhas de um casal de pastores evangélicos e as outras duas, de uma casal amigo deles, que frequenta a mesma igreja. 

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