ALERTA!
Aplicativo Discord é usado por criminosos sexuais e neonazistas
Ferramenta se populariza e tem sido explorada por criminosos para circular conteúdos violentos
Aplicativo popular entre os jovens, o Discord vem sendo alvo de investigações por hospedar canais que promovem apologia ao nazismo, racismo, pedofilia e exploração sexual. Conhecido por sua capacidade de chat de voz, texto e vídeo, o Discord é amplamente utilizado por gamers para se comunicarem com amigos e outros usuários enquanto jogam online. No entanto, o aplicativo tem sido explorado por criminosos para circular conteúdos violentos. Guilherme Alves, gerente da organização não governamental (ONG) Safernet, explica que o Discord oferece várias funcionalidades, incluindo servir como um fórum de bate-papo.
Devido ao aumento da violência nesse ambiente, Alves defende que a plataforma adote uma postura mais proativa no desenvolvimento de ferramentas e políticas para conter a disseminação de conteúdo criminoso. Na terça-feira, 27, policiais civis da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) do Rio de Janeiro deflagraram a Operação Dark Room e apreenderam dois adolescentes apontados como responsáveis por cometer estupros e induzir meninas à automutilação e ao suicídio por meio da plataforma Discord. Um dos detidos, um jovem de 17 anos, é considerado um dos principais líderes do grupo.
A operação ocorreu em Pedra de Guaratiba, na zona oeste da capital do Rio, e no município de Volta Redonda, na região do Médio Paraíba fluminense, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra os dois adolescentes. Foram apreendidos dispositivos eletrônicos. As investigações tiveram início em março deste ano, após o compartilhamento de dados de inteligência com a Polícia Federal e polícias civis de diversos estados. Durante a apuração, a equipe da DCAV constatou os crimes cometidos por jovens e adolescentes na plataforma.
O Discord também foi tema de reportagens do Fantástico, que expôs criminosos que, além de abusar sexualmente de jovens, incluindo gravação de vídeos de estupro, utilizavam a ferramenta para ameaçar políticos de morte.
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) disponibilizou um endereço de e-mail para as vítimas denunciarem atos ilícitos de intolerância e misoginia cometidos por meio virtual e eletrônico na plataforma Discord. Por meio do endereço nai.intoleran[email protected], as denúncias serão acolhidas e ouvidas para que os responsáveis sejam responsabilizados. Essa ação faz parte de uma força-tarefa criada em maio pelo MPSP para combater esses crimes.
Leia a matéria na íntegra no Jornal EXTRA, nas bancas!
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