SOBRE ACORDO

Calheiros: "Braskem deve ver Alagoas como balcão de rachadinhas"

Senador critica acordo firmado entre a prefeitura de Maceió e a petroquímica como reparação à destruição de bairros da capital
Por Redação 21/07/2023 - 20:26
Atualização: 21/07/2023 - 20:46
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Agência Senado
Renan Calheiros
Renan Calheiros

Renan Calheiros (MDB) criticou o acordo de R$ 1,7 bilhão firmado entre a prefeitura de Maceió e a petroquímica Braskem, e homologado pela justiça federal, nesta sexta-feira, 21. O senador por Alagoas afirmou, nas redes sociais, que "a Braskem deve ver Alagoas como estado sem lei, um balcão de rachadinhas".

O valor de R$ 1,7 bilhão a ser pago pela mineradora Braskem ao Município de Maceió, de forma parcelada, é uma reparação pelo desastre ambiental que destruiu cinco bairros na capital. Desde 2018, o afundamento do solo obrigou cerca de 50 mil pessoas a deixarem suas casas.relacionadas_direita

Calheiros disse que o acordo não contempla todas as partes envolvidas. "O acordo com Maceió exclui outros municípios afetados pela irresponsabilidade predatória da empresa e também deixa de fora o estado e as vítimas".

Mais cedo, a petroquímica informou que, do total acordado com a prefeitura de Maceió, R$ 700 milhões já haviam sido provisionados pela companhia em exercícios anteriores.

Segundo o prefeito, o valor será destinado à criação de um Fundo de Amparo ao Morador (FAM), que será utilizado para garantir assistência jurídica às vítimas da Braskem no caso. Em nota, a prefeitura de Maceió esclarece que o acordo não invalida as ações ou negociações entre a petroquímica e os moradores das regiões afetadas.

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