BAIRROS AFUNDANDO
Moradores do Bom Parto acampam em protesto pela realocação
Acampamento foi montado em um trecho da Avenida Major Cícero de Góes Monteiro
Dezenas de moradores do Bom Parto estão acampados desde a noite dessa segunda-feira, 11, em protesto pela realocação e melhores condições de vida. O acampamento foi montado em um trecho da Avenida Major Cícero de Góes Monteiro, no bairro do Mutange.
Otrânsito na região não foi prejudicado, já que o protesto está localizado em uma área já bloqueada pela Braskem. Por causa do acampamento, o acesso de trabalhadores da empresa na área foi impedido.
O bairro é um dos afetados pela instabilidade do solo provocada pela mineradora. O acampamento, organizado por moradores que ainda não foram realocados, conta com tendas, sofás, televisão e até mesmo colchões.
Braskem e Defesa Civil se pronunciaram oficialmente
Através de nota, a mineradora informou que atua conforme o mapa de desocupação e que o monitoramento é feito pela Defesa Civil de Maceió. A nota da Braskem argumentou também que a única coisa que cabe à empresa é apoiar a realocação preventiva. Confira as notas na integra:
A Braskem atua de acordo com o mapa de desocupação e monitoramento definido pela Defesa Civil de Maceió. À empresa cabe apoiar a realocação preventiva dos moradores e comerciantes dessa região oferecendo os meios necessários para a mudança, o pagamento de auxílios financeiros e uma série de serviços gratuitos, a exemplo de apoio psicológico, por meio do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF).
A Defesa Civil diz que segue o monitoramento das áreas afetadas pelo processo de afundamento do solo, e que até o momento não teriam sido encontrados dados para atualização e ampliação do mapa. Confira, abaixo:
A Defesa Civil monitora ininterruptamente as áreas afetadas pelo processo de afundamento do solo, bem como as áreas de borda do Mapa de Linhas e Ações Prioritárias (V4), nos bairros adjacentes, por meio de equipamentos que medem em milímetros a movimentação do solo e por visitas in loco, que acontecem periodicamente, por meio das vistorias do Comitê Técnico.
Até o momento não foram encontrados dados que culminem na atualização e ampliação do mapa. O órgão continua à disposição para ouvir a população e esclarecer possíveis dúvidas.
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