PEDIDO

TV Gazeta recorre à justiça para não perder concessão da Globo

Emissora perdeu a renovação do contrato com a Globo após quase 50 anos
Por Redação 19/11/2023 - 12:52
Atualização: 19/11/2023 - 15:35

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Prédio da Gazeta de Alagoas
Prédio da Gazeta de Alagoas

A TV Gazeta entrou com um pedido dentro do processo de recuperação judicial para exigir a renovação do contrato de retransmissão da emissora em Alagoas pela Globo, segundo informações publicadas neste domingo, 19, pelo portal UOL.

O objetivo é evitar a falência do conglomerado de comunicação liderado pelo ex-presidente Fernando Collor, que enfrenta dificuldades financeiras e investigações por fraudes. O pedido da Gazeta foi feito no dia 8 de novembro, e a resposta da Globo foi anexada ao processo no dia 17,

Na resposta presente nos autos, a Globo chama a empresa de Collor de "covarde" por fazer um pedido dentro do processo de recuperação judicial, já que o grupo carioca não é credor e não tem relação com a ação.

A Gazeta buscava a renovação do contrato com a Globo, que foi encerrado pela emissora, devido à condenação de Collor pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por utilizar a TV Gazeta em um esquema de corrupção.

Vale ressaltar que, em 2019, a emissora entrou em recuperação judicial ao alegar dívidas de R$ 284 milhões. Além disso, uma greve de funcionários que durou quase duas semanas e um pedido de cassação pelo MPF (Ministério Público Federal) fizeram a TV Gazeta entrar no noticiário político.

A partir de 1º de janeiro de 2024, a Globo planeja, se não houver decisão judicial em contrário, contar com uma nova empresa afiliada em Alagoas, o grupo Asa Branca, já parceiro da emissora para retransmissão em Caruaru (PE).

O processo, que tramita em sigilo, será analisado pelo juiz Léo Dennisson Bezerra de Almeida, da 10ª Vara Cível da Capital de Alagoas. Tanto a TV Gazeta quanto a Globo optaram por não se manifestar sobre o caso.

A decisão da Globo de não renovar o contrato com a Organização Arnon de Mello, conglomerado de mídia de Collor, remonta há quase 20 anos, desde que o ex-presidente interrompeu tentativas de profissionalização da gestão do grupo.

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