O número de policiais militares e de policiais civis na ativa em Alagoas caiu 5%, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 27, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Segundo o estudo, Alagoas com 8.770 agentes de força de segurança, sendo 6.960 policiais militares e 1.810 policiais civis. O estado conta ainda com 1.073 bombeiros.

O estudo aponta que Alagoas tem, em média, 1 PM para cada 449 habitantes, em média. O número é similiar à média brasileira: há 2 PMs para cada 1 mil habitantes. A Organização das Nações Unidas (ONU) aconselha que a relação ideal entre o quantitativo de policiais e de cidadãos deve ser de, no mínimo, um militar para proteger cada grupo de 500 habitantes, sendo que as condições ideais seria de um policial para 250 habitantes.

Cenário nacional

Em todo o país, o número de policiais militares na ativa caiu 6,8% entre 2013 (434.524) e 2023 (404.871). O de policiais civis e científicos recuou 2% no mesmo período, tendo registrado 116.169 em 2013 e 113.899 em 2023.

A PM é responsável por ações ostensivas e preventivas de combate ao crime e de preservação da ordem pública. A Civil tem como função registrar e investigar denúncias de crimes. A Científica atua de forma complementar à Civil e faz perícias para encontrar provas em investigações criminais.

Enquanto o número de policiais ativos diminui, a população brasileira cresce. Entre 2010 e 2022, a população brasileira cresceu 6,5% entre 2010 e 2022, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o FSBP, o recuo no número de policiais na ativa está ligado a dificuldades fiscais dos estados e às características das carreiras. O estudo aponta que, em média, a remuneração dos funcionários de segurança pública é 50% maior que a dos demais servidores públicos estaduais.

Os policiais representam 23% dos servidores públicos nos governos dos 26 estados e no DF, e 31% dos gastos de pessoal da ativa. Isso se reflete nas aposentadorias: os agentes de segurança representam 22% de todos os servidores públicos inativos do país, mas consomem 33% dos gastos com aposentadorias de servidores dos estados.