AGROECONOMIA

Alagoas não consegue reconhecimento como área livre de febre aftosa

Estado vai continuar vacinação no rebanho contra a grave doença
Por Redação 01/04/2024 - 14:39

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Agência Brasil
Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas não vão suspender a vacinação
Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas não vão suspender a vacinação

O Brasil reconheceu nacionalmente 16 estados e o Distrito Federal como áreas livres de febre aftosa. A partir de 2 de maio, a vacinação nessas unidades da federação será suspensa, conforme determina a Portaria nº 665, de 21 de marços de 2024, do Ministério da Agricultura e Pecuária. Alagoas não entrou na lista, portanto, não pode suspender a vacinação do rebanho contra a doença que terá etapa realizada nos meses de maio e novembro.

A febre aftosa é uma doença que acomete animais de casco fendido — que o separa do chão —, como bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos. Por não ter tratamento, esses animais acabam prejudicados. Além de Alagoas, os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco também não estão livres da febre aftosa.

“Todos os animais diagnosticados com febre aftosa devem ser sacrificados a fim de evitar a disseminação da doença para outros animais. Então, o agricultor tem que se cercar de todos esses cuidados. Ter a vacinação em dia de todo gado, e fora isso, havendo a doença, separar em quarentena os animais que podem ser recuperados — e aqueles que estão em estado avançado de doença”, destaca o especialista em direito animal Luciano De Paoli.

O veterinário Lucas Edel esclarece que deixar de vacinar é sinal de vigilância e cuidado. “Desde 2016, o Ministério da Agricultura iniciou um planejamento, um plano estratégico para iniciar o processo do Brasil se tornar um país livre sem vacinação, que isso é muito bom para o país. Se a gente está vacinando é porque existe um risco. Se a gente deixa de vacinar é porque esse risco não existe mais ou ele é quase nulo. E aí a gente acaba fazendo somente uma vigilância para evitar que esse vírus chegue novamente”, informa.

O processo de transição de zonas livres de febre aftosa com vacinação para livre sem vacinação está previsto no plano Estratégico do Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA). A meta é que o Brasil se torne totalmente livre de febre aftosa, sem vacinação, até 2026.

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