CRIME
Motorista que matou alagoana trans no interior de SP tem julgamento marcado
Anna Luísa foi encontrada morta às margens de uma rodovia em setembro do ano passado
A justiça de São Paulo marcou para o dia 13 de novembro o júri popular do motorista de aplicativo que confessou ter matado a alagoana trans Anna Luísa Pantaleão, de 19 anos, encontrada morta às margens de uma rodovia de Pirapora do Bom Jesus (SP) em setembro do ano passado.
O julgamento do motorista de aplicativo está marcado para acontecer na 2ª Vara Criminal, em Carapicuíba. O júri deve contar com o comparecimento de testemunhas e da família da alagoana.
Em depoimento à polícia, Lúcio Douglas Rabelo da Silva disse que havia contratado a alagoana para fazer um programa, mas que desistiu do serviço ao perceber que a jovem era transexual, o que gerou uma briga. Lúcio afirmou que Anna Luísa estaria alcoolizada e teria sacado um canivete da bolsa.
Durante a luta corporal, o motorista de app teria tomado o canivete de Anna Luísa e a acertado com um golpe no pescoço. Depois do crime, o motorista teria ido até um motel no município de Santana de Parnaíba para enrolar o corpo com cobertor e dispensá-lo em Pirapora. Ele foi preso e continua em um presídio no estado de São Paulo.
A jovem Anna Luísa Pantaleão era natural de Pão de Açúcar e havia deixado Alagoas há cerca de um ano e meio. De acordo com a família, ela estaria sendo aliciada para viajar para a Europa para atuar como modelo. Em São Paulo, a jovem trabalhava como garota de programa.