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Mais quatro empresas de Alagoas entram na “lista suja” do trabalho escravo

Relação inclui os empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão
Por Adja Alvorável 12/10/2024 - 06:00
Atualização: 12/10/2024 - 09:22

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Ausência de condições dignas de trabalho, alojamento e de alimentação marca o trabalho escravo no país
Ausência de condições dignas de trabalho, alojamento e de alimentação marca o trabalho escravo no país

Dez empresas de Alagoas estão na “lista suja” do trabalho escravo, divulgada na segunda-feira, 7, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Desde abril, mais quatro CNPJs foram inclusos no Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão.

No total, 61 trabalhadores em condições análogas à escravidão foram flagrados nos locais que estão na lista. Os empregadores que aparecem na relação são:

— Quatro fazendas localizadas em Murici

— Duas empresas da área de construção civil

— localizada em Marechal Deodoro

— Um sítio localizado em Arapiraca

— Uma pedreira localizada em Ouro Branco

— Uma pedreira localizada em Flexeiras

— Uma fazenda em Joaquim Gomes

Os empregadores incluídos na lista suja foram identificados a partir das ações de fiscalização de auditores do trabalho do MTE, que atestaram as condições de trabalho análogo à escravidão. Clique aqui para acessar o documento com a lista completa.

A lista suja é atualizada a cada seis meses. Os nomes dos empregadores só são adicionados ao cadastro após a conclusão do processo administrativo que julgou o caso, com uma decisão sem possibilidade de recurso.

O nome de uma empresa na lista suja do trabalho escravo pode permanecer por até dois anos. No entanto, é possível que o empregador saia da lista antes desse prazo, ou mesmo evite entrar, se firmar um termo de ajustamento de conduta.

Como denunciar

Denúncias sobre trabalho análogo à escravidão podem ser feitas anonimamente pelo Sistema Ipê Trabalho Escravo. Se possível, o denunciante deve prestar o máximo de informações para aumentar as chances de os casos se desdobrarem em operações de fiscalização.

São informações consideradas importantes o nome do estabelecimento, local, a quantidade de trabalhadores, os tipos de violações de direitos encontradas, entre outras.

Outra via para denunciar violações de direitos humanos é o Disque 100, a central telefônica coordenada pelo Ministério de Direitos Humanos e Cidadania (MDHC). O serviço é gratuito e funciona sete dias por semana, 24 horas por dia.

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