SAÚDE
HGE nega interrupção de serviços em função da paralisação de terceirizados
Trabalhadores denunciam empresa Reluzir, que presta serviço ao hospital, por atrasar saláriosA assessoria do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, esclarece que a prestação de serviços na unidade não foi afetada em nenhum setor pela mobilização realizada nesta quarta-feira,16, por trabalhadores terceirizados da empresa Reluzir, responsável pela higienização do hospital. Até o momento, nenhum representante dos funcionários da referida empresa procurou a direção do hospital para comunicar que haveria paralisação das atividades.
O funcionamento do HGE acontece dentro da normalidade, de acordo com assessores da unidade.
Porém, a paralisação das atividades foi anunciada por trabalhadores à mídia local. Eles disseram ser um protesto pelo atraso no pagamento de salários pela empresa Reluzir, que há alguns meses já não cumpre o calendário de pagamento.
Os trabalhadores deveriam receber seus vencimentos no dia 5 de cada mês, mas relatam que os pagamentos são constantemente adiados pela empresa Reluzir para o final do mês, ou simplesmente não são pagos. "A situação, segundo eles, gera graves dificuldades financeiras, incluindo despejos por falta de pagamento de aluguel, cortes no fornecimento de energia e água, e até mesmo a falta de recursos para alimentação".
A empresa, contudo, continua fornecendo passagens de transporte e a obrigar os trabalhadores a comparecer ao HGE sem receber a remuneração devida.
A reportagem do Extra entrou em contato com a Reluzir e foi atendida pelo representante de nome Mateus que, ao ouvir os questionamentos, desligou o telefone e o deixou desativado. A reportagem também tentou ouvir à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), já que é a responsável pelo repasse dos recursos para as terceirizadas do HGE. Até o momento ainda não houve retorno.
O HGE é a maior e mais importante unidade de saúde do estado, para onde convergem pacientes em situação de urgência e emergência. Uma paralização no setor de higienização na unidade tem potencial de gerar caos no serviço e na rede pública de saúde.