SEGURANÇA PÚBLICA
Alagoas registra aumento de 6% em casos de estupro de vulneráveis
Estados do Nordeste registraram mais casos que a média nacional.Em 2023, Alagoas apresentou um aumento de 6,2% nos casos de estupro de vulneráveis, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados na última semana.
Conforme o documento, foram 51 ocorrências a mais em relação ao ano anterior. No Brasil, o total de casos de estupro no ano passado foi de 64.237, com alguns estados do Nordeste superando a média nacional de 7,5%.
No Nordeste, o Rio Grande do Norte liderou com um aumento de 36,9% nos registros, seguido por Ceará com 17,9% e Paraíba com 14,5%. O estupro de vulnerável abrange atos libidinosos com menores de 14 anos ou pessoas com deficiência que não possam oferecer resistência.
Segundo o Anuário, 85,5% dos crimes contra crianças e adolescentes em 2023 foram cometidos por familiares ou pessoas próximas. Além disso, 65,1% dos casos ocorreram dentro da residência, e 9,9% em espaços públicos.
As meninas negras foram as mais afetadas, representando 51,9% das vítimas, seguidas por meninas brancas (47,1%), indígenas (0,5%) e amarelas (0,4%). A presidente do Instituto Liberta destacou a subnotificação desses crimes e a necessidade de campanhas de conscientização sobre o tema.
Maus-tratos contra crianças
O quadro de violência contra crianças e adolescentes se agravou no Brasil no último ano. O mais recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em julho de 2024, aponta “grave tendência geral” de aumento de 30% em todos os crimes não-letais contra crianças e adolescentes de 2022 para 2023.
Nessa conta, entram casos de maus-tratos, abandono, exploração sexual e estupro envolvendo a população com menos de 18 anos.
Na esmagadora maioria dos casos, a violência é cometida por um familiar, em geral, dentro da própria residência da criança ou adolescente. De acordo com o Anuário, o Brasil registrou 29.469 mil vítimas de maus-tratos no período analisado – 60% delas tinham no máximo 9 anos no momento da violência.