INVESTIGAÇÃO
OAB-AL vai acionar Ministério da Justiça sobre morte de tenente em curso
Abraão da Silva Taveira morreu após acidente durante treinamento promovido pela PM do DF em 2023Amigos e familiares do capitão Abraão Taveira se reuniram com a presidência da Ordem dos Advogados de Alagoas (OAB/AL) para unir forças e solicitar apoio na elucidação das causas do acidente que causou a morte do oficial. O encontro aconteceu nessa segunda-feira, 25, na sede do órgão, em Jacarecica.
O defensor da família entregou um documento com o resumo dos fatos e os principais pontos de inclusão presentes no inquérito aos advogados Vagner Paes e Cláudia Medeiros, responsáveis pela gestão da seccional da OAB em Alagoas. As investigações já duram mais de um ano e três meses e seguem sem esclarecer os reais motivos da morte.
Promovido a capitão postumamente, o então 1º tenente Abraão da Silva Taveira tinha 39 anos e faleceu em 8 de setembro de 2023, em Brasília/DF. Taveira sofreu um grave acidente durante o treinamento do Curso Operacional de Cinotecnia, promovido pela Polícia Militar do Distrito Federal no dia 30 de agosto de 2023. O combatente ficou internado no Hospital de Base nos dias seguintes, mas, apesar de todos os esforços médicos, não resistiu.
A solicitação foi endossada pelo atual presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), coronel R/R, Olegário Paes, além do atual comandante do Bope, tenente-coronel Henrique Jatobá, e dos pais e irmão do oficial morto.
O irmão do militar, Davi Taveira, relatou a angústia e as incertezas passadas pela família, que reside em João Pessoa/PB, com a demora na conclusão das investigações. “Meu irmão era um homem dedicado e apaixonado pelo serviço policial. Chegamos a planejar uma viagem em família, mas ele nos informou na época que não iria conseguir ir justamente por estar inscrito neste curso”, relembrou o rapaz emocionado.
O presidente da OAB-AL, Vagner Paes afirmou que a instituição tomará algumas medidas para auxiliar na elucidação do caso. Segundo ele, além de já ter colocado à disposição dos familiares a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Ordem em Alagoas, também recorrerá ao Conselho Federal da OAB e à Comissão Nacional de Direitos Humanos. Outra medida elencada é a solicitação do apoio do Ministério da Justiça, por meio do ministro Ricardo Lewandoski, para cobrar apuração e rigor ao caso.
“Iremos na próxima quinta, 28, a Brasília, e a demanda dos senhores estará entre as pautas que serão discutidas com os órgãos fiscalizadores do pleno andamento do processo de elucidação do caso”, garantiu o presidente.