A Equatorial Alagoas informou que avalia o projeto de lei que determina a implantação do sistema de rede subterrânea de cabeamento para a prestação de serviços de distribuição de energia elétrica no estado. O texto tramita na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE-AL).

Conhecido como "enterramento" de fios de energia elétrica, neste sistema os cabos são instalados abaixo do solo, em vez de suspensos em postes. Em nota enviada ao EXTRA, a Equatorial Alagoas ressaltou que a mudança pode impactar na tarifa de energia para os consumidores.

“O modelo de distribuição de energia elétrica brasileira é o de cabos aéreos, já que a instalação de redes subterrâneas gera custos muito mais altos, se comparados a rede convencional, com reflexo na tarifa de energia elétrica, onerando a conta de luz para o consumidor”, afirma.

Aleḿ de possuir um custo inicial mais alto, em caso de falhas, os reparos são mais complexos e demorados, pois exigem escavações. A sua implantação também pode afetar a infraestrutura urbana, impactando redes de esgoto, água e telecomunicações durante a instalação. Por isso, o enterramento de cabos ocorre em casos específicos no Brasil.

Por outro lado, o sistema subterrâneo melhora a estética urbana, reduz os riscos de acidentes, possui menor impacto ambiental e aumenta a segurança e a resistência da rede contra intempéries, como ventos fortes e tempestades. Foi por esses motivos que o deputado Ronaldo Medeiros (PT) propôs o projeto de lei.

Segundo o parlamentar, as redes aéreas "apresentam problemas quanto à segurança, impactos ambientais e estética urbana, enquanto a instalação de cabeamento subterrâneo elimina riscos como queda de postes, curtos-circuitos causados por intempéries climáticas, eletrocussão acidental, acidentes com animais, entre outros".

Para diminuir riscos na rede aérea, a Equatorial afirmou que “mantém um Plano de Investimentos robusto para tornar o sistema elétrico atual mais moderno e seguro, gerando qualidade e confiabilidade no fornecimento de energia”. Segundo a empresa, já foram aplicados mais de R$ 2 bilhões em ações de reforço e expansão da rede elétrica e os “investimentos atendem as necessidades do crescimento e desenvolvimento do estado”.

O projeto de lei ainda deve passar por discussões na Casa antes de ser votado pelos deputados para, então, ser levado à sanção do governador e, por fim, ser regulamentado e executado.