NOVO LINO
Ana Beatriz: casa ficou sem vigilância minutos antes de corpo ser achado
Polícia investiga se outras pessoas participaram da ocultação do corpo da bebê
A casa onde o corpo da bebê Ana Beatriz foi encontrado ficou sem vigilância por quase 1 hora, entre 12h5 e 13h de terça-feira, 15. A Polícia Civil apura se houve participação de terceiros na ocultação do cadáver, achado às 13h10 em um armário da residência da família, em Novo Lino.
Pouco antes das 12h, uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estava em frente à casa, segundo vizinhos. A imagem feita pelo EXTRA às 12h10, no entanto, mostra a residência sem qualquer vigilância policial direta. Nesse período, equipes do Corpo de Bombeiros realizavam buscas em uma área não tão distante do local.
Na segunda-feira, 14, bombeiros e equipes da Polícia Civil fizeram buscas no mesmo armário de produtos onde o corpo foi encontrado e não localizaram a bebê. “Não descartamos que alguém tenha auxiliado nessa questão de ocultação de cadáver”, afirmou o delegado João Marcelo, em entrevista ao EXTRA.
Ana Beatriz foi encontrada no dia em que completaria 19 dias de vida. Ela estava desaparecida desde sexta-feira, 11, quando a mãe alegou que havia sido sequestrada. A versão foi alterada cinco vezes até a confissão do crime de ocultação de cadáver, na terça-feira, 15.
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Após a confissão, equipes policiais entraram na casa e localizaram o corpo enrolado em um saco, dentro de um armário de produtos de limpeza. A mãe, Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, foi presa em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver.
Durante depoimento após a localização do corpo, Eduarda Silva apresentou duas versões sobre a morte da bebê: engasgo e asfixiamento. Segundo o delegado Igor Diego, Eduarda contou para o advogado que a criança se engasgou ao ser amamentada e que não conseguiu reanimar a filha.
"Ela começou dizendo que estava amamentando a criança, a criança teria tido um engasgo e ela teria tentado reanimar a criança e não teria conseguido".
Depois, Eduarda mudou a versão mais uma vez.
"Posteriormente, ela mudou a versão e confessou para Paulo Cerqueira, delegado regional de Novo Lino, que a criança não dormia há noites e estava com a barriga inchada. Ela reclamava que havia som alto do bar em frente à residência. Com o barulho e a criança não teria parado de chorar e ela teria usado um travesseiro para matar a criança asfixiada"
O corpo da recém-nascida foi recolhido pelo Instituto Médico Legal para exames. As investigações seguem em andamento.