Pesquisa
Estudo da Fiea analisa o encontro de cinco gerações no mercado
Especialistas afirmam que integrar perfis de Baby Boomers à Geração Alpha pode impulsionar inovação
A convivência entre diferentes gerações nunca foi tão evidente quanto agora. É o que mostra a mais recente edição da série “Farol do Amanhã”, elaborada pelo Observatório da Indústria, da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea). A pesquisa intitulada “Entre Gerações: Convivência, Transformações e Futuro” analisa o impacto da coexistência de cinco gerações — dos Baby Boomers à Geração Alpha — em ambientes como o trabalho e a educação.
O estudo destaca que essa pluralidade de perfis etários pode gerar tanto conflitos quanto trocas ricas de experiências. Para isso, a escuta ativa e o respeito às diferentes vivências são apontados como fundamentais. Cada geração possui traços marcantes: enquanto os Boomers prezam por estabilidade e hierarquia, os Millennials e a Geração Z buscam propósito e flexibilidade. Já a Geração Alpha, nascida a partir de 2011, é caracterizada pela hiperconectividade e já começa a se aproximar do mundo do trabalho.
O relatório ressalta que compreender os estilos de comunicação, valores e métodos de aprendizado de cada geração é essencial para empresas, escolas e formuladores de políticas públicas. A rápida evolução tecnológica influencia diretamente essas diferenças, exigindo ambientes mais adaptáveis. Entre os Millennials, que em 2025 representarão dois terços da força de trabalho, há uma clara valorização do equilíbrio vida-trabalho, propósito e lideranças transparentes. A Geração Z, pragmática e nativa digital, prioriza autonomia e impacto social.
A pesquisa também aponta que os mais jovens tendem a recusar propostas desalinhadas com seus valores pessoais, em contraste com o perfil mais leal das gerações anteriores. Para organizações, isso representa o desafio de criar culturas mais abertas, inclusivas e conectadas com causas relevantes. A chegada da Geração Alpha ao mercado nos próximos anos exigirá novos modelos educacionais e de gestão, voltados à personalização e uso intensivo de tecnologias como inteligência artificial.
O documento enfatiza que promover ambientes colaborativos entre gerações demanda empatia e disposição para compreender diferentes realidades históricas e culturais. Investir em estratégias de integração intergeracional pode ser decisivo para a inovação e produtividade. Nesse contexto, empresas que valorizarem a diversidade etária e fomentarem o aprendizado contínuo terão vantagem competitiva significativa.
A coexistência geracional traz desafios, mas também representa uma grande oportunidade para construir ambientes mais colaborativos, diversos e inovadores. Para isso, compreender as especificidades de cada geração é essencial na construção de uma sociedade mais justa e preparada para o futuro, aponta o estudo do Observatório da Indústria.