O julgamento do réu Albino Santos de Lima será iniciado em instantes na 7ª Vara Criminal da Capital. Muitas pessoas estão no local para acompanhar os trabalhos. O julgamento começa com os debates entre acusação e defesa. Em seguida, o conselho de sentença se reunirá para votar a quesitação sobre se considera o réu culpado ou inocente. Não há testemunhas para serem ouvidas.

Albino, que ganhou o apelido de serial killer de Maceió por suposto envolvimento em 18 homicídios na cidade, sentará no banco de réus pelo assassinato de Louise Gbyson Vieira de Melo, jovem trans morta a tiros em novembro do ano passado, no bairro Vergel do Lago.

A avó da vítima, Gilvânia Ferreira, está presente no auditório e clama por justiça. "Estamos [a família] angustiados. É um ano de espera pelo julgamento que deve fazer justiça contra o assassino, uma pessoa fria e calculista. Queremos a condenação e que ele pague pelos crimes que cometeu. O que ele fez a minha neta foi uma brutalidade sem tamanho. Ele deve pagar por isso e pelas demais mortes, casos onde é acusado", enfatiza a senhora.

O promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, titular da 47ª Promotoria de Justiça da Capital, sustentará a tese de homicídio triplamente qualificado: feminicídio, motivo torpe e por meio de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Louise Gbyson Vieira de Melo é nome social de Hudson Gbyson Vieira de Melo, assassinada a tiros na noite do dia 11 de novembro de 2023.