PARALISAÇÃO
Escassez de combustível deixa Recife com filas enormes e gasolina a R$ 7
Apesar do anúncio de redução no preço dos combustíveis pela Petrobras, motoristas do Grande Recife saíram às pressas nesta quarta-feira, 23, para abastecer seus veículos.
A corrida para as bombas provocou filas extensas em alguns estabelecimentos. A população teme que ao invés de reduzir o preço da gasolina em 0,6% e o diesel em 1,15%, os combustíveis aumentem ainda mais com a greve dos caminhoneiros, o que já pode ser observado em um giro pela cidade.
Alguns postos do Recife já comercializavam gasolina a mais R$ 7, o litro, quando vendida no cartão de crédito e outros, de acordo com publicações nas redes sociais, se encontravam fechados no meio do dia.
Nos postos em que a gasolina ainda é vendida a preço comum, o cenário é de grandes filas, em que carros fazem engarrafamentos para o abastecimento.
O Sindicato dos Donos de Postos de Combustíveis e Pernambuco (Sindicombustíveis) informou que há alguns postos da Região Metropolitana do Recife estariam sem combustíveis por conta da greve dos caminheiros. O abastecimento não vem sendo regularizado , uma vez que os caminhoes não conseguem sair do Porto de Suape.
Em nota, eles declararam que postos da cidade não recebiam abastecimento há dois dias em uma situação que, segundo o presidente Alfredo Pinheiros, "poderia ser resolvida se houvesse força de vontade e compromisso do governo federal, que se mostra mais uma vez perverso com a população". Confira nota na íntegra:
"Nesta quarta-feira, 23, faz dois dias em que os postos revendedores de combustíveis de Pernambuco não recebem seus abastecimentos de etanol, gasolina e diesel, devido a paralização dos caminhões transportadores, impedindo que os produtos deixem os terminais em Suape.
Para o presidente do Sindicombustíveis-PE, Alfredo Pinheiro Ramos, a situação poderia ser resolvida se houvesse força de vontade e compromisso do governo federal, que se mostra mais uma vez perverso com a população. "O governo não cede com relação à redução dos impostos e apenas a eliminação da Cide para o diesel não é suficiente para reduzir os altos preços pagos. E ainda assim, permanece com a atual política de preços da Petrobras e sua série de majorações, atendendo o mercado internacional", avalia ele. O presidente informa ainda que Cide do diesel representa apenas R,5 ( cinco centavos). "Uma redução que virá por terra já na primeira alta que o preço do diesel tiver, ditado pela Petrobras", completa.
Para os postos revendedores, o prejuízo vai desde a imagem perante seus clientes, já bastante castigada com a escalada dos preços, até a questão econômica, uma vez que os estabelecimentos deixam de vender mas continuam tendo seus custos diários com energia, salários, encargos sociais e outras taxas cobradas por diversos órgãos.
O Sindicombustíveis-PE defende que a redução de todos os impostos é indispensável para atingir um patamar de preços condizente com a realidade econômica da população."