VAZAMENTO

Governo suspeita que petróleo que polui praias é da Venezuela

Por 08/10/2019 - 08:54
Atualização: 08/10/2019 - 09:10
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Foto: Governo de Sergipe
Análises no produto coletado nas praias apontam semelhança com petróleo explorado na Venezuela
Análises no produto coletado nas praias apontam semelhança com petróleo explorado na Venezuela

O petróleo que se espalha pelas praias do Nordeste brasileiro e causa um dos maiores acidentes ambientais do ano pode ser venezuelano.  Isso é o que apontam as análises feitas pela Petrobras através de testes bioquímicos em amostras coletadas nas praias.

Oficialmente, a Petrobras já havia anunciado que o óleo não era produzido no Brasil. Matéria divulgada pela Folha de S.Paulo destaca hoje que a origem do óleo deve ser da Venezuela. Segundo a reportagem, "em relatório sigiloso ao Ibama, porém, a estatal enviou resultado de análise comparativa com o petróleo venezuelano, que tem características diferentes das encontradas no brasileiro. A conclusão reforça a suspeita de que o óleo que chegou às praias do Nordeste tenha vazado de algum navio."

A matéria ainda sublinha que "a declaração feita pelo presidente reforça um diagnóstico divulgado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no fim de setembro, quando o órgão informou que o óleo não era brasileiro."O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (7) que já há uma suspeita sobre a origem da mancha de petróleo que atinge o litoral do Nordeste desde o mês passado. Segundo ele, o mais provável é que tenha sido um vazamento causado por um navio e que o produto não é produzido e nem comercializado no Brasil. Perguntado, Bolsonaro disse não poder revelar ainda o país de origem do óleo. 

Ontem, o presidente Jair Bolsonaro confirmou que já há uma suspeita sobre a origem do óleo que atinge o litoral do Nordeste desde o mês passado. Segundo ele, o mais provável é que tenha sido um vazamento causado por um navio. Ele reforçou que o produto não é produzido e nem comercializado no Brasil, mas disse não poder revelar ainda o país de origem do óleo.

"Aproximadamente 140 navios fizeram trajeto por aquela região, pode ser algo criminoso, pode ser um vazamento acidental, pode ser um navio que naufragou também. Agora, é complexo, existe a possibilidade, temos no radar um país que pode ser o da origem do petróleo e continuamos trabalhando da melhor maneira possível não só para dar uma satisfação para a sociedade, como colaborar na questão ambiental", disse na entrada do Ministério da Defesa, após comandar uma reunião de emergência sobre o assunto, que teve a participação dos ministros Fernando Azevedo (Defesa), Ernesto Araújo (Relações Exteriroes), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).

Um inquérito foi aberto pela Polícia Federal (PF), na semana passada, para apurar a origem da substância. A contaminação também é monitorada por órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) desde o dia 2 de setembro, quando as primeiras manchas foram localizadas no litoral nordestino. 

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