R$ 29 MILHÕES
STF retoma hoje julgamento de Fernando Collor por suspeita de corrupção
Procuradoria-Geral da República pede condenação a 22 anos de prisão
O Supremo Tribunal Federal (STF) volta a julgar nesta quinta-feira, 11, a ação penal aberta pela Corte contra o ex-senador Fernando Collor pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
relacionadas_esquerdaNa sessão de ontem, 10, somente a Procuradoria-Geral da República (PGR) se pronunciou e defendeu que Collor seja condenado a 22 anos de prisão. Na sessão de hoje, a defesa de Collor será ouvida pelos ministros.
Durante a sessão, a vice-procuradora-geral da República, Lindora Araújo, pediu a condenação de Collor. Segundo Lindora, o ex-senador foi responsável por indicações políticas na BR distribuidora e recebeu vantagens indevidas em contratos da empresa. Após o posicionamento da PGR, o julgamento foi suspenso e será retomado nesta quinta-feira, 11.
Conforme denúncia aceita pelo Supremo em agosto de 2017, o ex-parlamentar teria recebido R$ 29 milhões em propina pela suposta influência política na BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras. O caso é oriundo das investigações da Operação Lava Jato.
De acordo com a vice-procuradora, as provas não estão baseadas unicamente em delações premiadas, mas em documentos apreendidos e relatórios financeiros que foram analisados em conjunto para confirmar a autoria dos crimes.
"Foi comprovado o pagamento de propinas para o grupo da organização criminosa, chefiada então por Fernando Collor, nas negociações para troca de bandeiras de postos de gasolina e construção de bases de distribuição de combustíveis", afirmou.
Durante a tramitação do processo, os advogados de Collor defenderam que não há provas de que o ex-parlamentar teria recebido recursos indevidos. Além disso, os advogados sustentaram não há ato de ofício que possa comprovar contrapartida por parte do senador para receber a suposta propina.
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