AVANÇO NA NEGOCIAÇÃO

Novonor aceita modelo de compra da Braskem pela Unipar

Companhias ainda precisam do aval dos bancos credores da potencial compradora
Por Redação 04/07/2023 - 18:30
Atualização: 04/07/2023 - 18:49
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Divulgação/Braskem
Por causa do processo de recuperação judicial, a Novonor se comprometeu a vender o controle acionário da Braskem
Por causa do processo de recuperação judicial, a Novonor se comprometeu a vender o controle acionário da Braskem

A Novonor, antiga Odebrecht, aceitou o modelo da proposta da Unipar pelo controle acionário da Braskem. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 3, pela Unipar. Para avançar com a negociação, a companhia ainda depende do aval dos bancos credores da Novonor, que enfrenta um processo de recuperação judicial desde 2020. 

Em nota, a Unipar afirmou que esse movimento foi um passo importante na negociação e permite que a companhia possa dar início ao processo de auditoria da Braskem, visando eventualmente ofertar proposta vinculante. O modelo apresentado pela Unipar agradou por ter a possibilidade da Novonor continuar com uma participação minoritária indireta na Braskem.

"A referida sinalização está sujeita a determinadas condições, incluindo a concordância dos bancos
credores titulares de alienações fiduciárias sobre as ações da Braskem (“Bancos Credores”) com
os termos da operação e não engloba a concessão, neste momento, de exclusividade à Unipar no
processo de alienação do controle da Braskem, ficando formalizado contudo convite à Unipar para
dar início ao processo de auditoria em relação à Braskem", diz um trecho da nota.

Atualmente, a Braskem tem como sócios principais a Petrobras (36%) e a Novonor (38%). Em função de seu processo de recuperação judicial, a antiga Odebrecht se comprometeu a vender o controle acionário da petroquímica.

Apesar desse compromisso de alienação por parte da Novonor, a Petrobras já deu indícios de que pretende continuar sua parceria com a empresa e sonda uma complexa transação societária que, através da venda da petroquímica, pode salvar a antiga Odebrecht, além de patrocinar a volta da estatal para o setor químico.

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