Economia
Inflação desacelera na segunda quadrissemana de agosto, anuncia FGV
Dos oito grupos que compõem o índice, seis apresentaram redução de variação
Na segunda quadrissemana de agosto de 2025, o índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou alta de 0,09%, acumulando, nos últimos 12 meses, uma variação positiva de 4,31%. Esse resultado representa uma desaceleração da inflação em comparação à alta de 0,38% observada na primeira quadrissemana de agosto.
Dos oito grupos que compõem o índice, seis apresentaram redução de variação. O grupo Habitação passou de 1,00% para 0,18%, enquanto Educação, Leitura e Recreação recuaram para -0,44%. Alimentação também registrou queda intensa dos preços, com -0,31%, ao lado de Transportes, com -0,29%, Despesas Diversas, de 1,52% para 1,08% e Vestuário, para 0,01%.
Segundo o economista César Bergo, esse decréscimo foi provocado, principalmente, pela queda nos preços dos combustíveis, o que impactou diretamente o grupo dos transportes. “Provocada principalmente pelo preço dos transportes, em função da queda no preço dos combustíveis. Também contribuiu para isso o item educação, onde também houve um recuo dos preços. Agora, o positivo é o preço dos alimentos também, que acaba caindo. Isso vem acontecendo de maneira geral no país, sobretudo em função da entrada de algumas safras.”, afirmou.
Para os municípios, avalia o economista, esse equilíbrio nos preços é essencial, pois permite que o consumidor mantenha seu poder de compra, movimentando a economia local e contribuindo para a estabilidade dos orçamentos familiares.
A valorização do real, a queda nos preços internacionais de commodities e uma safra agrícola robusta ajudam a conter a inflação. “Tivemos uma valorização do real frente ao dólar de 12% aproximadamente, ao longo do primeiro semestre de 2025. Queda nos preços internacionais dos produtos exportados pelo Brasil, como soja, milho, vários produtos tiveram queda. Por quê? Porque você não está tendo um crescimento internacional e econômico pujante como nos anos anteriores”, explicou.
Com a continuidade do recuo nos preços dos combustíveis e a possibilidade de redução da bandeira tarifária de energia elétrica, a trajetória de moderação da inflação deve se manter nas próximas semanas.